quarta-feira, 30 de maio de 2018

Acidificação dos Oceanos, culpa da nossa geração

Acidificação dos Oceanos – a culpa maior é da nossa geração.

A maioria das pessoas acha que os problemas do meio ambiente não são causados por sua ação cotidiana, e que  serão resolvidos pelos governos, ONGs, ou por um ‘messias’ que surgirá  do nada. Não é verdade. A culpa é nossa, não duvide, aprenda com este vídeo-aula. O aquecimento global, e conseqüente acidificação dos oceanos, é causado pelo excesso de consumo dos 7.4 bilhões de habitantes da Terra, incluindo eu e você; metade dos quais moram na zona costeira, a grande maioria emitindo gás carbônico causador do efeito estufa ao usar seus automóveis movidos a energia fóssil: gasolina  ou diesel (além de gás e carvão usados em fábricas, usinas, aquecimento de residências, entre outros).
Se você entende inglês esqueça este texto e vá direto pro vídeo. Para aqueles que não dominam a ‘língua de Shakespeare’ aqui vai uma tradução (capenga…não sou profissional da área) das partes mais importantes desta que é, ao mesmo tempo, a mais perfeita aula que já tive sobre o assunto.
O mar e o alimento para parte da população mundial.
 Para começar repare na quantidade de PhDs (listagem ao final)  atestando o a gravidade do aquecimento global para os Oceanos. Poucas vezes vi tantos  craques alertando sobre o assunto ao mesmo tempo.
Criaturas ainda pouco conhecidas.

Acidificação dos Oceanos: diariamente são 22 milhões de toneladas!

Atenção à cifra mastodôntica: diariamente 22 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o  CO2, se misturam com a água dos Oceanos. VINTE E DOIS MILHÕES DE TONELADAS POR DIA!
Este assombro provocado pela queima de combustíveis fósseis é recebido pelas águas do mar tornando-as mais ácidas. Saiba que a água dos Oceanos são alcalinas mas,  devido à nossa ação, estão cada vez mais ácidas.
Emissão de Dióxido de Carbono.

A quantidade de dióxido de carbono que emitimos, dizem os cientistas, comparando com o início da revolução industrial (séculos XVIII e XIX), deve dobrar até o fim deste século. Ou seja, em 2999 serão 44 milhões de toneladas ao dia, se não mudarmos nossos hábitos.
Lisa Suatoni diz que “desde a Revolução Industrial a acidificação dos Oceanos aumentou em 30%”.
Automóvel e mais dióxido de carbono.

Acidificação dos Oceanos pode dizimar a vida marinha em escala que não ocorria há milhões de anos

O vídeo reforça os benefícios que os Oceanos nos proporcionam: “eles regulam o clima na Terra, produzem o oxigênio que respiramos, nos dão   a proteína de que necessitamos para viver (alimentos), geram empregos e renda“. E prossegue: “mas a capacidade dos Oceanos de criar vida está ameaçada por nossa própria ação.” “A crescente acidificação dos Oceanos pode dizimar a vida marinha numa escala que não ocorria há milhões de anos.”
Plancton Terrapod
 A atriz  Sigourney  Weaver afirma: nós nos confrontamos com escolhas urgentes. Ou mudamos nossa dependência de combustíveis fósseis (causadores do efeito estufa, aquecimento global, e consequente acidificação dos Oceanos), ou os Oceanos se tornarão um mar vazio. Um mar de ventos.”
Os mares austrais estão ameaçados

Haverá tempo para a vida marinha se adaptar à acidificação dos oceanos?

Os cientistas explicam que “milhares de criaturas marinhas constroem conchas, ou espécies de armaduras que servem como proteção natural, entre elas certos tipos de algas, os corais, ostras, ouriços-do-mar, camarões, lagostas, caranguejos, e um sem-número de outras espécies. Algumas são tão numerosas que podem ser vistas do espaço (terrapods). Mas a acidificação dissolve, ou dificulta a criação desta casca protetora. Mais CO2 significa que estes organismos marinhos consumirão mais energia para criar sua proteção natural. O esforço extra pode resultar em menos energia para conseguirem seu alimento, ou para o ciclo da reprodução.” E finaliza: “a velocidade da acidificação pode fazer com que muitos destes seres não tenham tempo para se adaptarem.”
A Terra e o dióxido de carbono.

Outro cientista que diz que “no norte da Califórnia o nível de acidez do mar já é tão alto que está dissolvendo a casca de muitos animais marinhos.”

Desde a extinção dos dinossauros não acontecia hecatombe semelhante no planeta

Até alguns tipos de algas, base da cadeia alimentar, usam esta proteção de cálcio. Mas elas estão perdendo a espessura de sua proteção natural. O vídeo mostra imagens microscópicas que evidenciam esta diminuição. Em seguida o alerta: desde a extinção dos dinossauros não acontecia hecatombe semelhante no planeta.”
“Na altura da metade deste século (XXI), se nós continuarmos a emitir dióxido de carbono como estamos fazendo, enormes áreas dos Oceanos austrais (Ártico e Antártica) serão tão corrosivos que causarão a dissolução das ‘cascas’ protetoras de milhares de animais marinhos. Criaturas que usam esta ‘casca’ como certos tipos de plâncton (terrapods), e recifes de corais, têm papel fundamental na cadeia de vida marinha. Este tipo de plâncton (terrapods) vive em  toda parte dos Oceanos mas é extremamente abundante nas águas polares.”
Corrosão do Terrapod

Os depoentes chamam a atenção para o fato de que em muitos lugares da Terra os peixes são a única fonte de renda e alimentação. “Como ficarão as pessoas que dependem deles para sobreviverem?”
A conclusão desta parte do vídeo é que os Oceanos podem suportar temperaturas mais altas, ou até o aumento da acidificação. Mas sucumbirão ao enfrentarem os dois fenômenos ao mesmo tempo.
Recifes de corais mortos por corrosão.

Os recifes de coral e a acidificação dos oceanos

Entre os vários ecossistemas marinhos o mais importante são os recifes de coral. Uma, entre quatro criaturas marinhas, dependem dos corais para sobreviver. O problema é que eles estão morrendo. Sim, corais são animais, e estão desaparecendo devido a acidificação. Corais também usam o cálcio para construírem suas colônias.

O Homo Sapiens surgiu há ‘apenas’ 250 mil anos

A apresentadora, Sigourney Weaver, faz um retrospecto que não deixa dúvidas sobre nossa ação. Diz ela: “a Terra se formou há 4 e meio bilhões de anos. Para entender nossa ação no dia a dia é preciso enxergá-las num contexto maior.” E prossegue: “ há 3 e meio bilhões de anos começou a vida no planeta (a vida na Terra começou nos Oceanos). Duzentos e cinquenta milhões de anos atrás os dinossauros foram extintos. O Homo Sapiens surgiu há apenas 250 mil anos. Considerando que a Terra se formou há mais de 4 bilhões de anos, e o homem surgiu apenas há 250 mil anos, podemos dizer que a civilização como a conhecemos é muito recente. ‘Nova em folha’.
Nossa sociedade industrial foi um átimo de tempo nesta longa história do planeta. Mesmo assim conseguimos alterar o curso da natureza esquentando a superfície da Terra, provocando a acidificação dos Oceanos, e consumindo mais que a biosfera é capaz de produzir.”

Os oceanos são resilientes…é preciso dar uma chance

Se destruirmos os ecossistemas vai demorar milhões de anos para eles se recuperarem. Nós somos os responsáveis por este problema, portanto temos que ter a capacidade de resolvê-lo. E conclui: “os Oceanos são resilientes. Se nós dermos um pequeno tempo, e uma única chance, eles serão capazes de se recuperar. Como podemos dar esta chance aos Oceanos?. Resposta: “criando áreas marinhas protegidas através de parques nacionais” (no caso brasileiro Unidades de Conservação marinhas).

 A questão é: queremos?

O cientista conclui: “os Oceanos poderiam se defender sozinhos se seus ecossistemas estiverem saudáveis e se reduzirmos a poluição no litoral. A questão é: queremos?”
“A única solução é ir além da energia fóssil, assegurando assim um futuro promissor para todos.”
Assista ao vídeo e compartilhe estas informações.

Fonte: Mar Sem Fim

 


 

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Mergulhadores localizam rede de pesca 'fantasma' com dezenas de animais mortos na costa de SP

Material foi recolhido e a Companhia Marítima da Polícia Militar Ambiental informada da ocorrência. 

Mergulhadores localizaram e recolheram uma rede de pesca abandonada, de aproximadamente 100 metros de comprimento, com dezenas de animais mortos na costa de Itanhaém, no litoral de São Paulo. O material foi destruído e a Polícia Militar Ambiental (PMA) notificada da ocorrência.
A rede estava presa a rochas no entorno da Ilha da Queima Pequena, localizada a 16 quilômetros das praias e dentro da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), onde também está Ilha da Queimada Grande. O local é uma Unidade de Conservação federal, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes. 
Tartarugas foram encontradas mortas presas a rede de pesca na costa de Itanhaém, SP (Foto: Divulgação/IPM)

Foram pescadores que alertaram uma equipe de mergulhadores, composta por pesquisadores e biólogos, sobre o petrecho enroscado nas pedras. Imagens mostram que o material abandonado estava com diversos animais mortos presos a ele, como três tartarugas verdes adultas e peixes de várias espécies.
"Até a nossa ida ao local demorou dois dias, após o aviso, e dezenas de animais mortos estavam presos à rede. Se tivesse ficado mais tempo, esse número passaria de centenas e o estrago teria sido ainda maior", explicou o mergulhador Guilherme Kodja, que gerencia a Iniciativa Pro Mar e o Projeto Megafauna Marinha do Brasil.
Quatro mergulhadores participaram da operação voluntária. Após o recolhimento do petrecho, o biólogo marinho Alex Ribeiro, que integra a iniciativa, ainda localizou um osso de nadadeira de tartaruga preso às linhas, o que indica o avançado estado de decomposição de outros animais que já se prenderam à rede.
O material, considerado 'fantasma' por estar abandonado e ser levado pela corrente marítima matando animais marinhos, foi destruído após a equipe retornar à marina em Guarujá, também no litoral paulista. A Companhia Marítima da Polícia Militar Ambiental, que realiza o patrulhamento costeiro, foi informada da ocorrência.  
Tartarugas foram encontradas mortas presas a rede de pesca na costa de Itanhaém, SP (Foto: Divulgação/IPM)
Tartarugas foram encontradas mortas presas a rede de pesca na costa de Itanhaém, SP (Foto: Divulgação/IPM)   
Fonte: G1 Santos em 18/05/2018

 

 

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Pesca industrial tira do mar os peixes errados

Pesca industrial tira do mar os peixes errados, este é o novo alerta de cientista

Pesca industrial tira do mar os peixes errados, este é o novo alerta de cientistas

A conclusão veio em relatório publicado na revista Science (abril, 2018). Biólogos da Monash University, Austrália, e do Smithsonian Tropical Research Institute, Panamá, reuniram dados de ovas de 342 espécies de peixes nos oceanos. Os responsáveis pela  pesquisa dizem que ela tem uma mensagem importante para a pesca industrial. Diego Barneche e Dustin Marshall, autores, declararam:
"A maioria dos modelos clássicos da pesca não leva em conta a contribuição maciçamente desproporcional que os peixes maiores produzem. Mas esses são os primeiros indivíduos a desaparecerem mesmo sob uma moderada pressão de pesca. Os cientistas da pesca, apesar das melhores intenções, têm usado modelos que inadvertidamente recomendam a coleta excessiva"
A pesca industrial. (foto:ec.europa.eu)

Pesquisa não é supresa

Esta pesquisa não será uma surpresa para os biólogos de campo que trabalham com peixes. Mark Wuenschel, do Centro Nordeste de Ciências Pesqueiras da Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA, que não fez parte do estudo, disse que o efeito do tamanho era tão conhecido que existe um acrônimo entre pesquisadores: BOFFFF, para Big Female Fatring Female Fish. Este trabalho é valioso porque a importância de um BOFFFF é difícil de avaliar, disse Wuenschel. Em 2017, outra equipe de cientistas mostrou que a indústria pesqueira captura os peixes mais velhos a taxas mais altas que o restante da população. Para Trevor Branch, professor da Universidade de Washington e autor do relatório de 2017,
"Você nem precisa pescar demais para derrubar os peixes grandes e velhos"

O exemplo do bacalhau

Barneche, Marshall e seus colegas usaram o exemplo do bacalhau, um peixe comercialmente importante. Imagine um grande bacalhau do Atlântico: seu corpo de 30 quilos está inchado com ovas. Por perto estão suas ‘irmãs e primas’, grávidas também. Mas  são menores, apenas 2 quilos cada. Quando o peixe grande desovar, suas ovas superarão aquelas depositadas por 28 peixes pequenos, calculam os autores do estudo. Dito de outra forma: são necessários mais de 56 quilos  de bacalhau pequeno para colocar o mesmo número de ovas geradas por um peixe de 30 quilos.
O bacalhau do Atlântico (Foto: www.healthbenefitstimes.com)

A qualidade das ovas de peixes

Menos conhecido, ele disse, foi o aumento correspondente na qualidade das ovas. As fêmeas mais velhas não põem simplesmente mais ovas. As suas  são mais ricas em gordura e maiores em tamanho. Com base no “conteúdo energético total” das ovas – o número, o volume e os nutrientes – uma mãe de bacalhau com 66 quilos é igual a ainda mais peixes. Não 30, mas 37 bacalhaus, de acordo com o novo estudo. “Tudo o mais sendo igual, mais e melhores ovas significam mais peixe”, disse Marshall.
O estudo é mais uma prova dos danos provocados pela pesca em todo o mundo. Não basta o aquecimento global, que mata os corais, ou a poluição. A cada dia que passa a indústria da pesca inventa novas e mortíferas modalidades de pesca.

Fonte: Mar Sem Fim, em 11 de maio de 2018 

 

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quarta-feira, 16 de maio de 2018

XI ENCOGERCO & II SBPA

Realização conjunta do XI Encontro Nacional de Gerenciamento Costeiro (ENCOGERCO) com o II Simpósio Brasileiro sobre Praias Arenosas (SBPA) em Florianópolis, Santa Catarina, entre os dias 15 e 19 de Outubro de 2018. O evento contará com palestrantes nacionais e internacionais abordando temas relacionados a praia e a gestão costeira, seus aspectos científicos e técnicos, com apresentação de trabalhos nas categorias orais e painéis.
Segue abaixo link da página do evento para informações gerais a cerca do mesmo bem  como proceder com a inscrição:

 
Fonte: Secretaria do IO/FURG

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Grande Barreira de Corais, morta? Ainda há esperança…

Grande Barreira de Corais: parte considerável está morta. Ela jamais será a mesma

Grande Barreira de Corais: atualizado
Em abril de 2018 o G1 noticiou: “A Austrália prometeu investir mais de 500 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 1,3 bilhão) para restaurar e proteger a Grande Barreira de Corais, um patrimônio natural da humanidade ameaçado pela mudança climática.” O G1 também diz que, além do aquecimento global, “a barreira corais também está ameaçada “pela acanthaster púrpura, uma estrela-do-mar invasiva que devora o coral.”
E prossegue o G1: “O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, anunciou que o governo vai destinar mais de 500 milhões de dólares australianos para melhorar a qualidade da água, lutar contra os predadores e reforçar as medidas de restauração. E declarou:
"É o maior investimento de uma fonte única destinada a proteger o recife, assegurar sua viabilidade e os 64 mil empregos que dependem da barreira"
Segue post original
Reportagem do New York Times traz informações terríveis. Os cientistas descobriram que seções enormes da Grande Barreira de Corais, na sua parte norte que se estende por milhares de centenas de quilômetros, foram encontradas mortas pela água do mar superaquecida. Seções mais ao sul, em torno do meio do recife,  escaparam por pouco do  branqueamento.

Grande Barreira de Corais, uma das maravilhas do mundo

O New York Times lamenta: “a Grande Barreira de Corais na Austrália há muito tem sido uma das mais magníficas maravilhas naturais do mundo, tão grande que pode ser vista do espaço, tão bonita que pode mover os visitantes às lágrimas”.
Terry P. Hughes, da James Cook, Universidade da Austrália, e principal autor de um artigo que que foi capa da Nature escreveu: 
"Nós não esperamos para ver este nível de destruição da Grande Barreira de Corais por mais 30 anos. No norte, vi centenas de recifes mortos– literalmente dois terços dos recifes estavam morrendo"

Branqueamento da Grande Barreira de Corais é o mais severo do mundo

O NY Times diz que ‘o dano para a Grande Barreira de Corais, uma das maiores estruturas vivas do mundo, é parte de uma calamidade global que tem-se desdobrado por quase duas décadas de forma intermitente e parece estar se intensificando. 
O branqueamento da Grande Barreira de Corais. (Foto: New York Times) 

Grande Barreira de Corais e as mudanças climáticas

A mudança climática não é uma ameaça futura, na Grande Barreira de Corais isso vem acontecendo há 18 anos.
Assim se expressou o professor Terry P. Hughes sobre a crise enfrentada na Austrália. Há décadas os cientistas alertam para os perigos do aquecimento global e a morte de corais. Isso acontece pela queima de combustíveis fósseis a um ritmo galopante, liberando gases de efeito estufa que aquecem o oceano. 

Aquecimento dos oceanos: 16º C desde 1880!

O New York Times diz que ‘globalmente, o oceano se aqueceu em 1,5º Fahrenheit (16º C)  desde o final do século 19, por um cálculo conservador, e um pouco mais nos trópicos, o lar de muitos recifes. Um pontapé adicional foi fornecido por um padrão climático ainda pior com o El Niño em 2016.

Danos à Grande Barreira de Corais provocam choro

Ilustração: NY Times

 

O professor Hughes, que liderou as pesquisas,  disse que ele e seus alunos choraram quando ele  ‘mostrou a eles os mapas dos danos’, calculados em parte por observações em pequenos aviões e helicópteros. Hughes descobriu que 67 por cento dos corais haviam morrido em um longo trecho ao norte de Port Douglas.

Como combater o branqueamento de corais?

Sobre isso disse o professor Hughes:
"a resposta  não é muito boa para  todos: você tem simplesmente que enfrentar as mudanças climáticas diretamente."

Austrália e o carvão

Além de ser o maior exportador mundial de carvão, durante o  período do primeiro ministro (de Queensland) Campbell Newman (2012 -2015),  o governo   aprovou o despejo de três milhões de metros cúbicos de resíduos nas águas do parque marítimo – uma ação que faz parte do plano de expansão do terminal Abbot Point. A decisão enfureceu os ambientalistas que descrevem o plano como “devastador”.
Ante a revolta, disse o primeiro ministro à época:
" Nós estamos no negócio do carvão. Quem quiser hospitais decentes, escolas e segurança tem que entender isso"
A mina de carvão australiana Adani

Solução pode ser caracol-gigante-do-mar

Um dos problemas da Grande Barreira são as estrelas-do-mar ‘coroa-de-espinhos’ que se proliferam em razão da poluição e e resíduos agrícolas. De acordo com um estudo de 2012 seu impacto é considerável sobre a saúde dos corais. A pesquisa mostra que 42% do dano sofrido pelos corais nos últimos 27 anos deve-se a essa praga. Solução? Achar o inimigo natural das estrelas-do-mar…
Caracol-gigante-do-mar. Os pesquisadoras foram atrás e conseguiram. O Instituto Australiano de Ciências Marinhas (AIMS) provou que estrelas-do-mar evitam as áreas do Pacífico onde vive o caracol marinho. Autoridades pretendem lançar um plano para o cultivo dessas espécies e, assim, evitar a proliferação. Quem sabe, salvando parte desta maravilha do mundo marinho.
O polêmico novo terminal assusta o mundo. Note que a ilustração é francesa. E veja a proximidade com a Grande Barreira de Corais. (Ilustração: ocean71.com)

Austrália e a Grande Barreira de Corais em números

Grande Barreira de Corais gera cerca de 70.000 empregos e bilhões de dólares em receitas de turismo anualmente. Ela fica na província de Queensland e injeta US$ 6,4 bilhões por ano na economia australiana por ano com o turismo de observação

 

A Grande Barreira de Corais jamais será a mesma

O New York Times ouviu outro cientista. Mark C. Eakin, especialista em recifes da NOAA, Administração Oceânica e Atmosférica Nacional,  do USA. Ele foi categórico:
"Eu não acho que a Grande Barreira de Corais jamais voltará a ser tão grande como costumava ser – pelo menos não em nossas vidas"
(Foto de abertura: New York Times)

Fonte: Mar Sem Fim


 

 

Palestra "Quarenta anos da Base Oceanográfica Atlântica (BOA)"

O Instituto de Oceanografia convida a todos os professores, técnicos e alunos a assistirem a palestra "Quarenta anos da Base Oceanográfica Atlântica (BOA)", que será ministrada pelo Prof. Dr. Jorge Pablo Castello, no dia 11/MAI - sexta-feira - às 14:30h no Auditório Prof. João Rocha.

Fonte: Secretaria do IO/FURG

segunda-feira, 7 de maio de 2018

IV International Conference on El Niño Southern Oscillation: ENSO in a warmer Climate


IV International Conference on El Niño Southern Oscillation: ENSO in a warmer Climate

16-18 October 2018. Guayaquil - Ecuador
Deadline for Abstract Submission Extended to 31 May 2018
The Registration is Now Open
Early Bird Deadline: 30 September 2018


Deadline Extended to 24:00. 31 May 2018. Ecuador Local time (GMT-5)
Limited resources are available to support attendance of early career scientists. Financial assistance can be requested only after submitting the abstract. 

Programe
The IV International Conference on ENSO will be organized in 6 plenary sessions, related poster sessions and an International Exhibition. The specialized sessions will emphasize the following topics:

I      ENSO observations, including analysis of recent events.
II     ENSO dynamics
III    ENSO and other modes of climate variability (intraseasonal, decadal, centennial)
IV    ENSO modeling and prediction
V     ENSO impacts and Regional processes
IV    Climate Information and sustainable development and future of climate and ocean science.

Poster sessions will be organized corresponding to each plenary session.
Early Bird Registration until 30 September 2018
Registration for conference is mandatory for all participants. The registration fees cover all admission to oral and poster sessions, coffee break and welcome reception. Lunches are not included as part of the registration. There are restaurants within walking distance of the venue.

For more information, Please visit conference website.

Fonte: CLIVAR 

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Antártica, poluída por plástico assusta cientistas

A Antártica é considerada uma região selvagem, ainda prístina (!?), um continente que até recentemente  não tinha as pegadas do homem. Não tinha… Nova pesquisa assustou a comunidade acadêmica, e prova: a Antártica, poluída por plástico. Os detritos de plástico foram muito piores  do que o esperado, disseram pesquisadores da Universidade de Hull, na Inglaterra, e da British Antarctic Survey. Os níveis de microplásticos na região eram cinco vezes mais altos do que você normalmente esperaria encontrar em fontes locais, como estações de pesquisa e navios. A matéria é do mashable.com.
Antártica, poluída por plástico. Até lá…(Foto: CLAIRE WALUDA/BRITISH ANTARCTIC SURVEY)

“Antártida considerada um deserto isolado e intocado?”

Foi o que disse Catherine Waller, principal autora do estudo e bióloga marinha na Universidade de Hull, em comunicado.E acrescentou:  “O ecossistema é muito frágil.” O estudo, publicado em 2017 no Science of the Total Environment, sugere que grande parte dos detritos plásticos vem de fora da Antártida. No entorno do Oceano Austral, por exemplo, atividades de turismo, pesca e pesquisa científica contribuem para a poluição plástica.
É impressionante a capacidade destrutiva deste ‘novo’ material que ajuda a humanidade desde que foi inventado mas, ao mesmo tempo, destrói o meio ambiente chegando nos locais mais ermos do planeta.

O Mar Sem Fim na Antártica, poluída por plástico

Em nossa segunda viagem à Antártica, lembro-me de imagens chocantes. Um belo dia chegamos a uma base argentina desocupada naquele ano. Descemos  para investigar. A praia estava tão repleta de detritos de plástico que não resistimos. Voltei a bordo, peguei um saco de lixo (de plástico…) que, em meia hora, estava repleto de embalagens do material. Elas vinham da Europa, Ásia, América do Sul…O problema é seríssimo e hoje envolve esforços até da ONU. É preciso que o mundo acorde para que este absurdo tenha fim. Não é tarefa fácil mas, com ajuda de governos e suas políticas públicas, da indústria do plástico, que tem que ser cobrada; e dos cidadãos, quem sabe um dia consigamos.

O microplástico na Antártica

Os pesquisadores disseram que “pode ser que partículas desses plásticos estejam surgindo no deserto polar  através da Corrente Circumpolar Antártica, que flui no sentido horário ao redor do continente e foi historicamente considerada impenetrável.” Foi…Chamamos a atenção para os tempos dos verbos, todos no passado…
Os cientistas estimam que até 1.100 libras de microplásticos de produtos de cuidados pessoais e até 25,5 bilhões de fibras sintéticas de roupas entram no Oceano Antártico por década. Embora isso seja “insignificante” quando se espalha pelos 8,5 milhões de milhas quadradas do oceano – ou 5,4% dos oceanos do mundo – representa uma ameaça crescente aos ecossistemas locais.

Focas, pingüins e outros animais selvagens

Focas, pingüins e outros animais selvagens podem comer detritos plásticos e sufocar-se, ou ficar emaranhados. O minúsculo krill e outros zooplânctons também engolem os microplásticos, introduzindo substâncias químicas nocivas na cadeia alimentar. No entanto, ainda não está claro como essa dieta de plástico afeta animais marinhos no Oceano Antártico, disse Claire Waluda, co-autora do estudo e bióloga da British Antarctic Survey.
Os pesquisadores disseram que continuarão monitorando a poluição por plásticos na região, junto com outras ameaças crescentes ao ecossistema, incluindo os efeitos do aquecimento global causado por humanos e um influxo de espécies não-nativas.
E nós, cidadãos, vamos continuar a permitir que nossa ação destrua o que resta de importante no planeta? Até quando?

Fonte: Mar Sem Fim de 24/04/2018

 

 

I SIMPÓSIO GAÚCHO DE TOXICOLOGIA E SAÚDE AMBIENTAL

Confiram as palestras, mesas redondas e minicursos confirmados até agora no I Simpósio Gaúcho de Toxicologia e Saúde Ambiental. Lembrando que a inscrição dá direito a 2 minicursos, além de todas as outras atividades do evento.
Palestra de Abertura - Simone Miraglia (UNIFESP) - Avaliação de impacto em Saúde (AIS): experiências e potencial de aplicação no Brasil
Palestra 1 - Maria Isabel de Freitas Filhote (UFRJ) - Avaliação de risco à saúde humana: O caso da Cidade dos Meninos
Palestra 2 - Vera Maria Ferrão Vargas (UFRGS) - Estratégias integrando marcadores de genotoxicidade no diagnóstico de áreas contaminadas: estudo de caso no RS
Palestra 3- Cláudia Rhoden (UFCSPA)- Poluicão atmosférica: uma questão multidisciplinar
Palestra 4 - Maria Cristina Flores Soares (FURG) -Saúde Ambiental no Extremo Sul do Brasil: Avanços e Desafios
Mini-palestra 1- Andressa de Andrade (UFSM/Campus Palmeira das Missões) - Avaliação de Impactos à Saúde: resultados da aplicação do método com foco no Polo Naval do Rio Grande, RS
Mini-palestra 2 - Mariana Coronas (UFSM/Campus Cachoeira do Sul) -Biomarcadores de genotoxicidade em humanos: aplicações, limitações e potencialidades em exposição ambiental
Mesa redonda 1 – ECOTOXICOLOGIA
Adalto Bianchini (FURG) Avaliação de impacto e monitoramento ecotoxicológico nas áreas estuarinas e marinhas sob influência dos rejeitos de mineração oriundos do rompimento da barragem de Fundão (Mariana, MG)
Juliano Zanetti (FURG) Alterações moleculares em populações de peixes tolerantes para a contaminação ambiental
Júlia Niemeyer (UFSC) ECO+TOXICOLOGIA: o que queremos responder com as avaliações ecotoxicológicas?
Mesa redonda 2 - SAÚDE DO TRABALHADOR/OCUPACIONAL
Rodrigo Dalke (FURG) Título a confirmar
Marta Vaz (FURG) Título a confirmar
Representante do Porto de Rio Grande - Título a confirmar
Mesa redonda 3 - INSEGURANÇA ALIMENTAR
Ednei Gilberto Primel (FURG) Ocorrência de Agrotóxicos, fármacos e produtos de higiene e de cuidado pessoal em água para consumo humano
Eliana Badiale Furlong (FURG) Micotoxicologia na saúde e no ambiente
Janaína Motta (UCPEL) Prevalência de Insegurança Alimentar em diferentes populações .
Minicurso 1 Identificação de Cogumelos Tóxicos e Comestíveis
Minicurso 2 A inspiração da poluição: biomarcadores e modelos de exposição
Minicurso 3 Segurança alimentar e analises em alimentos
Minicurso 4 Pesquisa epidemiológica
Minicurso 5 Genotoxicidade
Minicurso 6 Agrotóxicos e doenças neurodegenerativas
Minicurso 7 Toxicologia social - Drogas de Abuso
Minicurso 8 Modelos Matemáticos em Ecotoxicologia

Maiores informações: E-mail: cctoxicologia@furg.br
Fone: (53) 3233-6670
Endereço: Universidade Federal do Rio Grande, Instituto de Ciências Biológicas, Campus Carreiros - Av. Itália, km 8
CEP 96203-900 Rio Grande/RS
Facebook: https://www.facebook.com/pages/Curso-Superior-de-Tecnologia-em-Toxicologia-Ambiental/183360795013380


Fonte: ICB/FURG