quinta-feira, 28 de julho de 2016

Última semana para inscrições no Prêmio Pesquisador Gaúcho


Reconhecimento à comunidade científica gaúcha.

Inscrições para o Prêmio Pesquisador Gaúcho 2016 encerram na próxima sexta-feira dia 29 de julho.

A premiação, uma promoção da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT), foi criada com o objetivo de reconhecer o trabalho dos pesquisadores nas mais diversas áreas do conhecimento, destacando a importância do investimento científico, tecnológico e de inovação para alavancar o desenvolvimento econômico do Estado.

Nesta 6ª edição, serão contempladas sete áreas do conhecimento (pertinentes ao ano par), na modalidade Pesquisador Destaque: Arquitetura, Urbanismo e Design; Engenharia; Física e Astronomia; Geociências; Matemática, Estatística e Computação; Interdisciplinar e Química.

Também serão contempladas categorias com foco na inovação tecnológica, destinadas a jovens cientistas e pesquisadores atuando em empresas e na área industrial.
A distinção vai reconhecer uma pesquisa alusiva ao Ano Internacional do Entendimento Global, proclamado pela UNESCO, celebrando a contribuição relevante para o desenvolvimento sustentável visando alcançar uma melhor compreensão dos efeitos mundiais das atividades cotidianas locais.

A solenidade de premiação será realizada no dia 6 de outubro, no Salão de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FiIERGS).

As inscrições devem ser realizadas até o dia 29 de julho de 2016, por meio do endereço www.premiopesquisadorgaucho.rs.gov.br

Categorias em disputa:
- Pesquisador Destaque em sete áreas do conhecimento (ano par)- Arquitetura, Urbanismo e Design; Engenharia; Física e Astronomia; Geociências; Matemática, Estatística e Computação; Interdisciplinar e Química.
- Jovem Inovador;
- Pesquisador na Empresa;
- Pesquisador na Indústria;
- Destaque Especial ao Ano Internacional do Entendimento Global.
 

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Temporada de Baleias 2016 Inicia com Muitas Avistagens de Jubartes no Sudeste


Quando o Projeto Baleia Jubarte concluiu a análise de dados de pesquisa em 2015 que indicavam um crescimento animador da população brasileira de jubartes – cerca de 17.000 animais – já se imaginava que em 2016 continuaríamos a ver uma presença maciça delas ao longo de nosso litoral. Mesmo assim, a chegada das jubartes para a temporada reprodutiva de 2016 vem superando todas as nossas expectativas, a começar pelo grande número de animais vistos ao longo da costa Sudeste, em especial São Paulo e Rio de Janeiro, e também no Sul, em Santa Catarina. Apesar de isso também preocupar a equipe de pesquisadores do Projeto, em função de um número anormalmente alto de encalhes e emalhes de baleias em redes (veja detalhes na edição anterior da Newsletter), por outro lado o crescimento de avistagens sinaliza, além do aumento populacional, a abertura de mais oportunidades para a pesquisa científica e o desenvolvimento da observação das baleias pela população, que precisa ser melhor esclarecida sobre as normas federais para regular a avistagem e evitar o seu molestamento (dentre elas, não se aproximar a menos de 100 metros com o motor da embarcação engrenado, não interceptar ou tentar dirigir o curso de deslocamento dos animais, e só reengrenar o motor com baleias visíveis na superfície a mais de 50 metros). O Diretor de Meio Ambiente do Yacht Club de Ilhabela e colaborador do Projeto Baleia Jubarte, Julio Cardoso, é um dos mais entusiasmados apoiadores da pesquisa das jubartes no Sudeste, e tem fornecido imagens e informações valiosas para entender essas aparições de baleias na região de Ilhabela e Abrolhos. Para Julio, “este está sendo o inverno das jubartes no litoral sudeste. Pessoalmente navegando com meu barco, a Ballerina, entre os arquipélagos de Ilhabela e Alcatrazes no litoral norte paulista, registrei entre 3/07 até 16/07/16 o incrível número de 23 jubartes! Todos devemos cuidar para que estes seres incríveis, que aqui nos visitam de passagem, possam continuar a fazer isso com segurança!”

A Coordenadora do Projeto Baleia Jubarte, Bióloga Márcia Engel, afirma que “a recuperação populacional das baleias-jubarte, que estão se tornando cada vez mais frequentes em regiões onde há poucos anos eram raramente observadas, como o sul e sudeste do Brasil, é surpreendente: num momento em que observamos o colapso dos oceanos, com a extinção em massa de muitas espécies, o aumento das populações de baleias está na contramão deste processo. É claro que precisamos estar atentos pelo efeito sinérgico de vários fatores de impacto, que rapidamente poderão reverter esta situação”. 


Convite para palestra na Estação Marinha de Aquicultura - FURG

O Programa de Pós Graduação em Aquicultura informa que no dia 9/8/2016 as 11 horas no Auditório da EMA será realizada a Palestra:"Manipulación ambiental e inducción hormonal a la puesta en teleósteos marinos" que será ministrada pelo Prof. Dr. Gonzalo Martinez-Rodriguez da CSIC - da Espanha.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Seminário Estação Ecológica do TAIM - 30 Anos

Seminário Estação Ecológica do TAIM - 30 Anos: Conservando a Biodiversidade

 

Ocorre nos dia 30 e 31 de Agosto de 2016, no CIDEC-Sul na FURG uma série de palestras, mesas redondas e apresentação de painéis, cujo tema gira em torno da biodiversidade e das ações de conservação da Estação Ecológica do Taim.

As inscrições podem ser feitas nos dias 01 a 15 de Agosto, através do  Sistema de Inscrições da FURG (www.sinsc.furg.br) e custam R$ 25,00.

Mais informações sobre programação e instruções para resumos e pôsteres podem ser acessadas abaixo:




terça-feira, 19 de julho de 2016

Sons submarinos

Hidrofones revelam a paisagem sonora do fundo do mar 


MARCOS DE OLIVEIRA | ED. 242 | ABRIL 2016

Para assistir ao vídeo clique AQUI.
No Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, distante 42 quilômetros da costa, é proibido pescar. O local serve para reprodução de organismos aquáticos e permite-se apenas o mergulho com guias em dias e horários delimitados. Como essa determinação nem sempre é seguida, a equipe do professor Linilson Padovese usa o local para testar um equipamento autônomo de monitoramento acústico submarino instalado no fundo do mar, desenvolvido no Laboratório de Dinâmica e Instrumentação (Ladin) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). “Detectamos, por exemplo, o ruído dos motores dos barcos entre 20h30 e 23 horas. Os pescadores chegam, desligam o motor, demoram de duas a três horas e vão embora”, diz Padovese.

O equipamento é composto por um hidrofone, uma espécie de microfone especial para captar ondas sonoras embaixo d’água, além de um conjunto eletrônico de gravação e baterias. “O teste na Laje de Santos foi um dos primeiros experimentos que realizamos com o aparelho”, diz Padovese. Tudo começou quando o pesquisador pensava em estudar o processamento de sinais acústicos marinhos, uma área ainda incipiente no Brasil. “O problema é que não existe fábrica de hidrofones e de equipamentos para hidroacústica no país e, no exterior, os aparelhos custam entre US$ 5 mil e US$ 30 mil, dependendo da configuração e uso.” Outro empecilho é que os hidrofones mais sofisticados, por terem uso militar em navios e submarinos, sofrem restrição comercial, precisando da autorização de venda dos governos onde estão as fábricas.

Padovese decidiu então desenvolver tecnologia própria nessa área. “Projetamos um gravador eletrônico, de baixíssimo consumo de energia, que registra os sons em cartões SD, iguais aos de câmeras fotográficas, que é instalado com pilhas alcalinas em um recipiente cilíndrico vedado”, explica. “Fizemos alguns exemplares que foram cedidos, em parceria, para grupos de pesquisa e estamos monitorando experimentalmente a Laje de Santos e Alcatrazes [arquipélago no litoral norte paulista integrante da Estação Ecológica Federal Tupinambás, onde também não é possível pescar e navegar nas proximidades].” Esses últimos possuem quatro cartões SD com capacidade para 128 gigabytes (GB) cada e pilhas para uma autonomia de até cinco meses de monitoramento contínuo. “O equipamento pode ser programado para realizar uma gravação contínua ou agendada”, diz. Com essa estratégia, é possível manter o equipamento embaixo d’água por até um ano. O aparelho foi testado em relação à vedação em até 300 metros de profundidade, mas a instalação e a retirada na Laje de Santos e em Alcatrazes foram realizadas por mergulhadores a 20 metros.

Saber o horário de invasão do espaço marítimo do parque marinho facilita a abordagem das lanchas de fiscalização da Fundação Florestal, da Secretaria do Meio Ambiente estadual, gestora do Parque da Laje de Santos, ou da Polícia Militar Ambiental. “Também já pensamos em um sistema de monitoramento acústico submarino em tempo real, com a conexão do hidrofone a um equipamento de transmissão por rádio a partir da Laje até a sede da fundação em São Vicente [SP]”, diz Padovese.

Para o gestor do Parque da Laje de San-tos, José Edmilson Mello Júnior, o hidrofone mostrou-se importante para a fiscalização e proteção ambiental. “O local é uma unidade de conservação de proteção integral e se a fiscalização parar um barco, mesmo que esteja apenas passando com apetrechos de pesca, os ocupantes podem ter os equipamentos apreendidos e recebem multa”, explica Mello Júnior. Padovese conta que é possível registrar e estudar vários outros tipos de eventos acústicos, alguns a muitos quilômetros de distância – na água, o som viaja quase cinco vezes mais rápido e pode ser detectado a distâncias muito maiores do que no ar. Vocalizações de baleias e movimentos de cardumes de peixes podem ser identificados. Em geral, os dados são estudados na forma de gráficos, chamados de espectrogramas, que mostram como o conteúdo de frequências acústicas varia com o tempo.


Processamento de dados

 
O volume de dados obtidos com um hidrofone é grande. Para processar as informações, o grupo da Poli desenvolveu um software que permite essa visualização tempo-frequência do som e possibilita o reconhecimento de padrões de sinais. Os pesquisadores conseguem, por exemplo, identificar diferentes espécies de peixes utilizando apenas esses sinais acústicos, assim como de baleias, que têm um registro bem característico das vocalizações. No caso particular de cardumes de peixes, associar os diferentes padrões acústicos com as espécies ainda depende de um estudo multidisciplinar, com pesquisadores das áreas de biologia, oceanografia ou ciências do mar.



Para Mello Júnior, a necessidade inicial é fazer um levantamento dos animais que frequentam a Laje, como as baleias e golfinhos. “Três ruídos podem atrapalhar a vida desses mamíferos na bacia de Santos: a prospecção de petróleo na região do pré-sal, o emissário submarino [que leva o esgoto tratado para o alto-mar] e a área relacionada ao fundeio de navios do Porto de Santo.” Padovese estabeleceu uma parceria e cedeu os hidrofones para um grupo que estuda baleias jubarte (Megaptera novaeangliae) no município de Uruçuca, próximo a Ilhéus (BA). “Acompanhamos visualmente entre julho e novembro as baleias a partir de um morro na serra Grande a 90 metros acima do mar. O registro acústico com o equipamento foi importante porque complementa o visual, principalmente nessa fase em que elas estão parindo e nadam com os filhotes”, diz Júlio Baumgarten, professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), de Ilhéus. Duas vezes no ano foram instalados três aparelhos no fundo do mar capazes de fazer o registro acústico de uma área de cerca de 200 quilômetros quadrados. “Com a gravação podemos acompanhar a atividade das baleias inclusive à noite”, diz.

O equipamento autônomo para uso no fundo do mar já está pronto, teve financiamento da FAPESP e é similar aos que existem no exterior. Padovese estima que o modelo construído por sua equipe custaria no mercado entre US$ 2 mil e US$ 4 mil. A tecnologia desenvolvida também está sendo utilizada e otimizada em parceria com o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), no Rio de Janeiro.

“Tem crescido muito a demanda por estudos de impacto de ruído acústico submarino na fauna marinha, gerados por empreendimentos, como ampliações de portos, rios e hidrelétricas”, diz Padovese. Além de continuar a agregar informações ao software de processamento de sinais, ele tem incentivado seus alunos a estruturar uma empresa. “A ideia é prestar serviços em acústica submarina nas áreas de infraestrutura e pesquisa científica. Mas também há perspectivas para uma associação com uma indústria de equipamentos eletrônicos, que demonstrou interesse na comercialização desses aparelhos. São planos que ainda estão sendo avaliados.”

Projetos

1. Observatório Acústico Submarino para Monitoramento de Parques Marinhos (n° 2012/04785-0); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisador responsável Linilson Rodrigues Padovese (USP); Investimento R$ 238.194,70 e US$ 24.207,17.

2. Plataforma de sensoriamento acústico submarino para redes de monitoramento (n° 2012/23016-7); Modalidade Bolsa no País – Regular – Pós-doutorado; Bolsista Manuel Alfredo Caldas Morgan (USP); Pesquisador responsável Linilson Rodrigues Padovese (USP); Investimento R$ 166.859,21.


terça-feira, 12 de julho de 2016

Mudanças climáticas causam morte maciça de mangues na Austrália

Retração do mangue pode ter ocorrido por causa de seca prolongada.
Alguns manguezais foram desfolhados e podem se recuperar; outros não.

  Foto mostra área de mangues mortos no Golfo de Carpentaria, no norte da Austrália; estudo mostrou que manguezais retraíram milhares de hectares (Foto: STR/James Cook University/AFP)
Milhares de hectares de mangues no norte remoto da Austrália desapareceram, disseram cientistas na segunda-feira (11), apontando as mudanças climáticas como a causa mais provável.
Cerca de 7 mil hectares ou 9% dos manguezais no Golfo de Carpentária pereceram em apenas um mês, de acordo com pesquisadores da Universidade James Cook da Austrália. Trata-se da primeira vez que um evento como esse é registrado.
A chamada retração florestal - quando os mangues estão mortos ou desfolhados - foi confirmada por pesquisas aéreas e de satélite, e é provável que tenha sido o resultado de um período de seca prolongada, disse Norm Duke, um ecologista de mangues da Universidade James Cook.
"Essa é a aparência da mudança climática. Você vê as coisas serem empurradas ao máximo ou ao mínimo. (...) O que estamos vendo aqui é uma estação seca excepcionalmente longa", disse Duke à AFP.

 Mangues retraíram provavelmente devido a seca prolongada (Foto: STR/James Cook University/AFP)

"A razão pela qual há retração agora é por causa dessa seca. As secas são algo normal, mas não tão severas assim, e essa é a diferença", disse o pesquisador.
Perigo para animais
Guardas florestais locais disseram aos cientistas que estavam vendo criaturas como moluscos, que precisam da sombra das árvores, morrerem, e que as tartarugas e os dugongos (mamífero marinho), que são dependentes do ecossistema, poderão "estar passando fome dentro de poucos meses", acrescentou Duke.
Os pesquisadores acreditam que o evento ocorreu na região semi-árida no final de novembro ou início de dezembro do ano passado.
"A retração ocorreu de forma simultânea ao longo de 700 quilômetros em um mês", o que é mais ou menos a distância entre as cidades de Sydney e Melbourne, disse Duke.
O cientista acrescentou que "de acordo com todos os relatos, o clima vai se tornar mais errático, então nós podemos esperar que este tipo de eventos se tornem mais comuns".
Alguns dos manguezais que sofrem retração foram desfolhados, ou seja, ainda não estão mortos, mas perderam suas folhas, e podem se recuperar. Mas a maioria "não vai se recuperar e vai morrer", disse Duke.

Fonte: G1 Natureza via France Presse


 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Nova plataforma reúne dados da Capes e da pós-graduação brasileira

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou o novo Sistema de Disseminação de Informações (SDI), ferramenta que compila dados da agência e da pós-graduação brasileira. Entre as novidades oferecidas pelo sistema está a possibilidade de consultar todos os bolsistas da agência por meio de diferentes indicadores.
Um dos principais módulos do SDI é o novo portal Transparência Capes, no qual é possível pesquisar os bolsistas da Capes por nome, CPF, instituição de ensino ou por programa da agência. Os dados são classificados por nível de ensino e programa de pagamento de bolsas e auxílios da Capes, extraídos dos sistemas de pagamento de bolsas no país, bolsas no exterior e auxílio à pesquisa.
Na plataforma Dados Abertos é possível encontrar informações sobre a pós-graduação e outros temas relacionados à educação brasileira. Os dados estão processados em formatos que permitem a sua reutilização e redistribuição livremente por qualquer pessoa ou instituição para elaboração de documentos, planilhas, tabelas, gráficos e outras finalidades.
Outra novidade do Sistema de Disseminação de Informações é a atualização do Banco de Teses e Dissertações da Capes, que disponibiliza resumos e textos integrais, quando autorizados, de todas as teses de doutorado e dissertações de mestrado apresentadas no Brasil. Por enquanto, a ferramenta tornou disponíveis as informações de 2013 a 2016, mas o objetivo é, em breve, ter o histórico dos trabalhos de conclusão de pós-graduação no país até 1987.
A disponibilização desses dados visa atender a política de Transparência Ativa, um dos principais pontos da Lei nº 12.527/2011, também conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI). A divulgação proativa de informações de interesse público, além de facilitar o acesso das pessoas e de reduzir o custo com a prestação de informações, evita o acúmulo de pedidos de acesso sobre temas semelhantes.
Acesse o SDI.
Fonte:  Blog da UCS via  CAPES

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Um mês antes do previsto, baleias- francas chegam ao Litoral catarinense

Maioria das baleias que vem ao estado são fêmeas grávidas.
Biólogos começaram a monitorar animais para quantificá-los.

                         Biólogos já monitoram em SC a presença das
                         baleias (Foto: Projeto Baleia Franca/Divulgação)


Embora as baleias-francas devam chegar a Santa Catarina só na segunda quinzena de julho, algumas já estão sendo vistas desde o início de junho na praia de Itapirubá Sul, em Imbituba, na região Sul do estado. Com isso, o monitoramento da espécie já começou a ser feito por biólogos e voluntários.
De acordo com o Projeto Baleia Franca, uma média de 113 animais veio a Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul nos últimos anos. A maioria é de fêmeas grávidas e se aproxima da costa em busca de águas quentes e enseadas protegidas para o nascimento dos filhotes.

Presença catalogada
Os machos também podem aparecer, para o acasalamento, vindos da Antártica, onde se alimentam e acumulam energia em forma de gordura para a jornada rumo à América do Sul, afirmam os estudiosos.

Com o monitoramento, os biólogos do projeto quantificam a presença da espécie no litoral brasileiro e buscam compreender seu comportamento. Segundo o projeto, atualmente, o Catálogo Brasileiro de Fotoidentificação das Baleias-Francas tem cerca de 800 baleias registradas.


Baleia-franca apareceu com antecedência no Litoral (Foto: Carolina Bezamat/Divulgação)

Locais para observar baleias
Conforme os biólogos, elas podem ser observadas à beira-mar. O Centro de Visitantes, onde funciona a sede da iniciativa fica na praia de Itapirubá e, além da visualização, apresenta informações sobre a história e características das baleias francas. O local tem entrada gratuita e funciona das 9h às 12h e das 13h30 às 17h, de terça a domingo.
Em Imbituba, fica também o Museu da Baleia, que conta a história da caça ao animal e da luta para sua proteção. Os visitantes podem conhecê-lo de terça a sexta das 9h às 18h, e sábado e domingo das 9h às 13h.


Fonte: G1 Santa Catarina

 

terça-feira, 5 de julho de 2016

PARTICIPE DA CONSULTA POPULAR!!!

De hoje (05/07) até quinta (07/07) estará ocorrendo a Consulta Popular que aloca parte dos recursos financeiros do RS em projetos escolhidos pela comunidade como prioritários.

Uma grande oportunidade para voce contribuir na alocação de recursos para o que voce considera prioritário.

Vote e divulgue esta idéia!

Acesse www.consultapopular.rs.gov.br e vote.

            Fonte: Secretaria do IO/FURG, mensagem enviada em 05/07/2016.

Audiência publica sobre o PROANTAR no Congresso Nacional!

Quem quiser acompanhar a audiência AO VIVO pela TV CAMARA as 15:00

use o link abaixo para participar.


A sala interativa está criada, segue o link: http://goo.gl/2BoQKL

Fonte: Secretaria do IO/FURG


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Fundo do mar teve estoque de carbono

Circulação de água no Oceano Atlântico pode explicar baixos níveis de CO2 atmosférico no Último Máximo Glacial.
                                         Paisagem do Oceano Atlântico vista de Salvador
Condições muito específicas durante o Último Máximo Glacial, entre 23 mil e 19 mil anos atrás, permitiram ao Oceano Atlântico armazenar uma grande quantidade de carbono. Um estudo publicado nesta sexta (3/6) na revista Nature Communications desvendou essas particularidades, contrariando noções anteriores de como as águas marinhas circularam no passado. “É uma mudança conceitual dramática na forma como pensamos o Atlântico e seu funcionamento”, afirma o geólogo Cristiano Chiessi, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), um dos autores do estudo cujo primeiro autor é o químico ambiental neozelandês Jacob Howe, que há poucos meses defendeu o doutorado na Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
A sugestão de que o oceano sequestrou e armazenou o gás carbônico (CO2) que não estava na atmosfera durante a era do gelo não é nova. O que faltava era saber como as massas de água puderam aprisionar uma quantidade tão grande de carbono. A principal hipótese vigente era que a Água de Fundo Antártica (AFA), tão densa que desce para as zonas mais profundas do oceano, estaria mais disseminada até em profundidades menores e seria o principal armazém. Isso porque águas mais frias têm maior capacidade de dissolver o gás.
Mas a análise de 24 testemunhos do fundo do oceano coletados em diferentes profundidades, espalhados por todo o Atlântico, agora revela que não foi isso que aconteceu. Os pesquisadores construíram um mapa da circulação de águas com ajuda de isótopos de neodímio, um elemento do grupo das terras-raras, que funcionam como assinaturas da origem das massas de água nos diferentes oceanos. Chiessi explica que a razão entre os isótopos (ou variedades) 143 e 144 do neodímio em amostras de água são mais negativas em áreas caracterizadas por rochas antigas, como aquelas que circundam o oceano Atlântico. Já o Pacífico, rodeado por vulcões ativos, é geologicamente jovem e tem essa razão próxima de 0. A região antártica sofre uma mistura de influências, com uma assinatura mais semelhante à do Pacífico.
A análise desses isótopos mostrou que, na verdade, no Último Máximo Glacial as águas produzidas em torno do polo Sul estavam – como hoje – restritas às zonas mais profundas, e que continuou a haver um aporte de Água Profunda do Atlântico Norte (APAN). “Essas águas frias afundam e se movem para o sul por um trajeto predominantemente horizontal, por milhares de quilômetros”, explica Chiessi. Essa viagem do norte ao sul do Atlântico leva centenas de anos, durante os quais as águas profundas recebem uma “chuva” de restos de organismos fotossintetizantes, repletos de carbono, que afundam desde a superfície. Como essas águas não fazem trocas gasosas com a atmosfera, em média 2 mil metros acima, elas guardam esse carbono enquanto permanecem no fundo.
O estudo publicado esta semana mostra que durante o Último Máximo Glacial as águas do Atlântico Norte se formaram predominantemente ao sul da Islândia, uma zona de temperaturas mais altas do que a região entre o Canadá, a Groenlândia, a Islândia e a Noruega mais recentemente responsável por produzir a APAN. O resultado é que essas águas, não tão frias, seguiam seu trajeto para sul por profundidades intermediárias, deixando o fundo do oceano para águas geladas que ficavam praticamente estagnadas por ali, sem transportar o carbono de volta à superfície. Uma dinâmica muito diferente da que se observa hoje.
O Último Máximo Glacial é especialmente interessante para quem se preocupa com as mudanças atualmente em curso no clima. “A concentração atmosférica de CO2 era 90 partes por milhão menor do que logo antes da revolução industrial, e a temperatura da superfície dos oceanos era 1,9 graus Celsius mais fria”, explica Chiessi. É uma diferença de temperatura bastante parecida com o que se espera de aumento até o final do século. Para ele, se os modelos climáticos conseguirem reproduzir o passado, aumenta a confiança nas suas projeções para o futuro.
E podem, também, indicar estratégias de emergência. “Na ausência de uma transição mais efetiva para menores emissões de gases de efeito estufa, o que é absolutamente necessário, pode haver a necessidade de lançarmos mão de medidas de geoengenharia”, imagina. Ele se refere a métodos de retirada ativa e armazenamento de carbono, dos quais o mais comum é o reflorestamento. “Não envolve necessariamente alta tecnologia, mas não deixa de ser geoengenharia.” Métodos mais drásticos, e mais arriscados, podem envolver injetar o excesso de CO2 em reservatórios, como o fundo dos oceanos.
O Projeto
Resposta da porção oeste do Oceano Atlântico às mudanças na circulação meridional do Atlântico: variabilidade milenar a sazonal (nº 2012/17517-3); Modalidade Programa de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais – Jovens Pesquisadores; Pesquisador responsável Cristiano Mazur Chiessi (EACH-USP); Investimento R$ 2.416.362,50.

Artigo Científico
HOWE, J. N. W. et al. North Atlantic Deep Water production during the Last Glacial Maximum. Nature Communications, v. 7, art. 11765. 3 jun. 2016. (Artigo disponível no Portal Periódicos CAPES)

Fonte: Pesquisa Fapesp nº 244 de junho de 2016