segunda-feira, 31 de março de 2014

"Seca atual não é culpa das mudanças climáticas, mas vai ser comum no futuro mais quente"

Um dos principais climatologistas do País lembra que hoje já temos conhecimento científico sobre como seremos impactados, mas ainda não temos obras de adaptação

Giovana Girardi/Enviada especial - O Estado de S. Paulo
YOKOHAMA - O relatório do IPCC (o painel de cientistas da ONU), que será divulgado no final do mês, deve reforçar algumas noções dos impactos das mudanças climáticas no Brasil que os cientistas nacionais já conhecem bem: o clima vai ficar mais instável, com uma alternância cada vez mais frequente de extremos climáticos - do muito quente para o muito frio; e do muito seco para o muito chuvoso. Cenários mais ou menos parecidos com os que estamos vendo hoje no Sudeste e no Norte do País.
"O alerta é claro: temos de incorporar essa dimensão da variabilidade climática se quisermos evitar o colapso dos sistemas", afirma o climatologista Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Há sete anos, quando o IPCC lançou seu quarto relatório, Nobre falou em entrevista ao Estado que o Brasil ainda nem tinha condições de começar a se adaptar, porque nem sequer conhecia suas vulnerabilidades ou como poderia ser impactado pela mudança do clima. Agora, por ocasião do quinto relatório, ele afirma que o conhecimento científico avançou consideravelmente, mas ainda não estamos preparados para o que vem pela frente. E a crise da água que São Paulo está passando é o melhor exemplo disso.
Em 2007, quando saiu o relatório 4 do IPCC, o sr. disse: "vai adaptar o quê, se não sabe qual é o impacto". Hoje já temos conhecimento suficiente dos impactos e das nossas vulnerabilidades?  
Houve um enorme avanço do conhecimento científico. Isso se deve especialmente a investimentos de pesquisa por organismos federais e estaduais. No final de 2007 o governo federal criou a rede clima, financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que focou muito em impactos e vulnerabilidades em todos os setores: agricultura, saúde, cidades, zona costeiras, biodiversidade, energia, no desenvolvimento regional, na economia. Ela começou a trabalhar para valer em 2009 e nos últimos cinco anos produziu muito conhecimento. Além disso, agências estaduais de fomento à pesquisa, com a Fapesp sendo a pioneira, também lançaram programas específicos de pesquisas sobre mudanças climáticas. Hoje temos um raio x panorâmico do que o Brasil deve enfrentar com as mudanças climáticas em cada um dos setores. 
Sabendo tudo isso agora, já estamos agindo para nos adaptar?
Aí é mais difícil. O conhecimento precede uma boa política pública. Esse é o caminho natural. Mas para ela ser implementada entramos em uma outra seara de discussão. No avanço da percepção do risco climático que as emissões do efeito estufa causam, sempre se deu muito mais peso para a redução dessas emissões - ou seja, para a mitigação - em vez da adaptação. Esse assunto contagiou a discussão global dentro da Convenção do Clima (da ONU) e avançou mais. Infelizmente ainda com poucos resultados práticos - porque as emissões globais continuam a aumentar. Mas de todo modo a questão da mitigação se tornou mais central e, mesmo sem um acordo global para redução das emissões em todo o mundo, vários países vêm tomando medidas de redução, inclusive o Brasil. Já a adaptação, ainda que seja um assunto que existe desde que a discussão sobre as mudanças climáticas começou, adquiriu uma dimensão menor. 
Por que isso?
O motivo é que a adaptação está intimamente ligada com a vida, o uso dos recursos, a infraestrutura local de cada país. Às vezes não é nem a infra nacional, mas como uma cidade funciona, como ela vai se adaptar. E uma solução para São Paulo é diferente da solução para Nova York, Paris, Londres. Ao contrário do que ocorre com uma tecnologia para gerar energia de modo mais eficiente e menor emissão. Ela pode ser aplicada localmente, globalmente. Mas o impacto das mudanças climáticas em uma cidade ou na agricultura de um país é muito específica. Ainda que se possa pensar em ações e tecnologias para serem aplicadas em qualquer lugar, medidas de adaptação são por definição locais. Além disso, há uma diferença fundamental entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os primeiros já há várias décadas criaram mecanismos para adaptar suas atividades econômicas, a agricultura e a defesa civil aos desastres naturais do presente. Para os países desenvolvidos, colocar a dimensão das mudanças climáticas dentro desses sistemas a fim de aumentar a resiliência da sociedade foi só uma coisa a mais. Não é algo trivial, não é fácil, mas é uma coisa a mais a algo que já existia. Já a grande maioria dos países em desenvolvimento ainda é muito mal equipada para conviver com a variabilidade climática existente hoje. Agora, imagine que em cima dessa variabilidade, vamos ter as mudanças climáticas com mais extremos.
É o que vemos, por exemplo, em São Paulo, que até hoje não encontrou uma solução para as frequentes inundações no verão?
A verdade é que conviver com os extremos nunca foi uma agenda que de fato obteve prioridade. E isso vale para a maioria dos países em desenvolvimento. Temos o exemplo clássico da convivência com a seca no Nordeste. Cada vez que tem uma grave é ainda um grande drama social. Lógico que hoje a situação está melhor que há 50 anos, mas é fato que ainda não resolvemos essa questão. Não temos um modelo sustentável de desenvolvimento do semiárido do Nordeste que consiga equacionar a questão das grandes secas de forma permanente. Então o problema da pouca adaptação passa por isso. Adaptar a infraestrutura urbana de uma grande cidade para as mudanças climáticas passa necessariamente por resolver grandes questões que vão muito além das mudanças climáticas. Que é a forma como a cidade se desenvolveu, a política de transporte público versus o automóvel, por exemplo. Falar em adaptar a mobilidade de São Paulo para as chuvas mais intensas… Bom, isso não é aquecimento global, é um problema da urbanização de São Paulo. Para lidar com o aumento das chuvas é preciso mudar completamente a política de mobilidade urbana para incentivar o transporte público. É uma ladainha que todo mundo sabe e repete. Isso não é só para se adaptar às mudanças climáticas. É uma questão de sobrevivência, eficiência e qualidade de vida. Se a cidade já fosse mais funcional no aspecto de mobilidade urbana, seria muito mais fácil se adaptar ao aumento da temperatura e da intensidade das chuvas e às inundações, os alagamentos. Quando já existe um problema de infraestrutura muito grave, com 'n' dimensões, e vem mais um estresse das mudanças climáticas, é muito mais difícil resolver. Por isso a agenda da adaptação está sendo incorporada de maneira de mais lenta. Mas é inevitável. Países que não acordarem vão sofrer um custo econômico, social, ambiental gigantesco.
Ainda dá tempo de agir?
É uma frase que já virou chavão, mas um grande grau de mudanças climáticas já se tornou inevitável. Não há o que fazer. É uma constatação que a ciência coloca com muita propriedade e robustez. Algumas coisas não teremos como reverter. Já vamos conviver no futuro com pelo menos mais 2°C de temperatura, isso se houver muito trabalho para estabilizar as emissões de gases. Hoje, no entanto parece que serão mais que dois graus. Mas mesmo se ficar nisso já demanda uma grande adaptação. Mais 2°C no Brasil, com mais eventos extremos climáticos, mais episódios de secas e chuvas intensas prolongadas no Nordeste, no Sudeste significam que toda a economia do País precisa ser adaptada, toda a geração de energia. Nas zonas costeiras, mesmo se ficar nos 2°C, no horizonte de alguns séculos teremos aumento de mais de 1 metro do nível do mar. Em 200 anos estamos falando de 1,5 metro, 2. E três metros de aumento de nível do mar, mesmo que seja em 300 anos, vai significar uma outra configuração da costa. Vai ter de ter outro uso. A costa vai regredir. Tudo isso são coisas que temos de pensar.
Algum setor está mais avançado?
O da agricultura com certeza. Tem a ver com o trabalho da ciência e a importância da Embrapa como esteira condutora do conhecimento científico aplicado em políticas públicas na agricultura. A Embrapa adotou uma agenda de pesquisa de redução das emissões na agricultura e adaptação para mudanças climáticas há uns 10 anos. Não significa que todo o setor esteja preparado, mas já se entende que é necessário desenhar uma nova agricultura, com novo zoneamento, incorporação de novas tecnologias para fazer frente às mudanças climáticas.
A crise atual de água em São Paulo nos ensina algo nesse sentido?
Esse é um setor que ainda está reagindo mais na emergência. E a dimensão que precisa ser rapidamente incorporada nas políticas públicas do uso do recurso hídrico é a de longo prazo das mudanças climáticas. No planejamento de recursos hídricos já há muito tempo se considera a mudança do uso da terra. Ao mudar a vegetação, o ciclo hidrológico e o aproveitamento do recurso hídrico também mudam. Mas a dimensão das mudanças climáticas raramente é incorporada. É o momento de fazer isso. Restam poucas dúvidas de que a variabilidade climática -- os extremos do clima -- vão mudar. Não é mais uma coisa estacionária, como era há algumas décadas quando, ao planejar um reservatório de uma cidade, os hidrólogos usavam a série histórica de chuvas, secas, inundações para prever a segurança dos reservatórios, e isso era perfeito. Era uma ciência muito bem conhecida desde os romanos. Só que as séries não são mais estacionárias. Então é importante que essa dimensão seja acrescentada ao planejamento. É a única maneira de fazer frente. Porque só responder na emergência não elimina todos os prejuízos econômicos, sociais e ambientais nem evita colapsos no longo prazo. E não estou dizendo que essa seca atual é uma decorrência das mudanças climáticas. Mas que no futuro, a variabilidade climática, que é prevista por todos os cenários climáticos, tem de ser levada em consideração. As séries não são mais estacionárias. Os cenários que temos hoje não mostram para o futuro uma redução do volume anual de chuva para o Sudeste e o Sul do País, mas eles mostram o aumento da variabilidade para esses locais. Ou seja, altos e baixos vão acontecer mais vezes. O sistema tem de estar preparado para isso. A mensagem é que o aumento da presença dos extremos têm de entrar no planejamento de longo prazo. E finalmente o conhecimento científico está disponível para ajudar que essa dimensão seja incorporada.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vida%2cseca-atual-nao-e-culpa-das-mudancas-climaticas-mas-vai-ser-comum-no-futuro-mais-quente%2c1144662%2c0.htm




 

 

terça-feira, 18 de março de 2014

Sabia que também é possível fazer citação de e-mail ou palestra?

A normalização de trabalhos acadêmicos sempre gera muitas dúvidas entre os acadêmicos. Será que é possível citar as informações contidas em qualquer meio? E se possível, de que forma fazê-lo?  A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é o órgão responsável pela normalização técnica do país e por meio dos Comitês Técnicos estabelece diretrizes que norteiam o desenvolvimento de produtos, inclusive os bibliográficos, como os Trabalhos Acadêmicos (Teses, Dissertações, Trabalhos de Conclusão de Curso, Artigos, etc).
Normalmente a citação das informações contidas em produções textuais significativas como os livros, os artigos e os relatórios técnicos não despertam muitas dúvidas, já que são os materiais mais comuns no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos. Entretanto, é possível também citar as informações obtidas por meio de uma palestra ou um e-mail. Genial, já que a academia é um espaço de amplas reflexões que muitas vezes por falta de publicação circulam de forma restrita entre pequenos grupos.
Como citar a informação proferida em uma palestra?
Quando se tratar de dados obtidos por informação verbal (palestras, debates, comunicações, etc), indicar entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis, em nota de rodapé.
Exemplo:
No texto:
O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre (informação verbal)¹
No rodapé da página:

1 Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso 
Internacional de Engenharia Genética, em L
Observe que nesse caso não é preciso indicar os dados
da informação em referências, apenas em notas. 
Como referenciar informações contidas em um e-mail?
No texto:
O relatório indica um crescimento significativo no número de doadores sangüíneos. (Souza, 2002)
Nas referências:
SOUZA, P. M. Relatório mensal [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 15 mar. 2012
Lembre-se: As mensagens que circulam por intermédio do correio eletrônico devem ser referenciadas somente quando não se dispuser de nenhuma outra fonte para abordar o assunto em discussão. Mensagens trocadas por e-mail têm caráter informal, interpessoal e efêmero, e desaparecem rapidamente, não sendo recomendável seu uso como fonte científica ou técnica de pesquisa.
Fontes:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
Fonte: Blog da UCS






segunda-feira, 17 de março de 2014

Lançamento livro Antártica, 2048 Mudanças Climáticas e Equilíbrio Global

O livro, assim como o seminário, contou com o patrocínio da Petrobras e apoio do Centro Polar e Climático da UFRGS, do Instituto Oceanográfico da FURG, do Projeto Criosfera do MCTI e da APECS Brasil.   A editora é a Marina Books, selo editorial da Nastari Editores para o mundo dos oceanos.
Lançamento do livro Antártica, 2048 - Mudanças Climáticas e Equilíbrio Global
Dia 18 de março, às 18h30
Aberto ao público
Usina do Gasômetro | Avenida Presidente João Goulart, 551 - Centro, POA – RS
Valor de venda no local do lançamento: R$35,00.
Fonte : Secretaria do IO/FURG

A partir do movimento das famosas "cobras voadoras", pesquisadores desenvolvem novas técnicas de energia eólica

Pesquisadores da Universidade George Washington, dos Estados Unidos, estão desenvolvendo um estudo para tornar a geração de energia eólica mais eficiente, a partir do movimento de cobras voadoras, que planam por até 30 metros. O trabalho foi idealizado pela professora de engenharia mecância e espacial Lorena Barba.
Sua equipe utiliza softwares para analisar a aerodinâmica das cobras e gerar gráficos, para que os movimentos sejam avaliados detalhadamente. “A esperança é de que ao entender esse mecanismo aerodinâmico, então talvez possamos encontrar outras aplicações em que ele seria útil”, afirma a Dra. Barba.
“Não é impossível pensar que nossa compreensão sobre esse movimento em particular poderia nos levar, por exemplo, a criar um tipo diferente de fluxo de ar ideal para a captação de energia ou de uma nova turbina eólica, quem sabe”, completa.
                                         Esquema do voo da cobra

Fonte: Ciclovivo em http://ciclovivo.com.br/noticia/movimento-de-cobra-voadora-pode-inspirar-turbinas-eolicas-mais-eficientes

terça-feira, 11 de março de 2014

Estudo do ICMC revela que interdisciplinaridade ganha espaço na pesquisa científica

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), ambos da USP, aponta que,
quantitativamente, os campos da ciência estão se tornando cada vez mais abrangentes, com o grau de interdisciplinaridade (entropia) intimamente ligado ao fator de impacto. A pesquisa quantificou a interdisciplinaridade das revistas científicas e campos da ciência, usando uma medida de entropia baseada na diversidade dos temas de revistas que citam uma revista específica.

Interdisciplinaridade é ligada ao fator de impacto

A metodologia consistiu na construção de redes de citações, utilizando o banco de dados do Journal of Citation Reports, onde as revistas foram assinaladas como pontos (ou nós), enquanto as arestas (links) foram estabelecidas com base nas citações entre periódicos. As conclusões do trabalho são descritas do artigo “Quantifying the interdisciplinarity of scientific journals and fields”, publicado em abril deste ano no Journal of Informetrics, assinado pelos professores Francisco Aparecido Rodrigues, do ICMC, Osvaldo Novais de Oliveira Junior, e Luciano da Fontoura Costa, do IFSC, e por Filipi Nascimento Silva, aluno de doutorado do IFSC.
As informações são retiradas das citações contidas na base de dados Web of Science, que dão um panorama de toda a ciência que se faz no mundo, por conter a maioria das revistas científicas. Cada revista tem os seus temas (subject categories), sendo que a metodologia aplicada nesse trabalho serve para medir a entropia — a métrica de interdisciplinaridade. Seguidamente, descobre-se de onde vêm as citações para uma determinada revista ou campo do conhecimento: se elas vierem de campos muito distantes, muito diferentes, isso dará uma entropia alta, ou seja, aquela revista ou campo tem alta interdisciplinaridade.
“É óbvio que temos uma ideia do mapa do conhecimento, só que neste trabalho podemos quantificar como as áreas são conectadas”, diz Oliveira Junior. “Mas, o mais importante é que a partir da entropia podemos saber quão diversificada é uma área, qual a natureza interdisciplinar de uma área científica ou mesmo de uma revista: isso pode servir para o estabelecimento de políticas editoriais para revistas ou para áreas de pesquisa, ou mesmo para agências de fomento, a partir das interconexões que são identificadas”.

Evolução da rede

O grupo responsável pelo trabalho observou a evolução da rede num período entre 10 a 12 anos. A partir da linha do tempo da interdisciplinaridade, percebeu que essa é uma medida crescente, ou seja, as áreas estão se tornando ainda mais interdisciplinares com o tempo: “Neste trabalho, mostramos que isso ocorre por meio de gráficos, que revelam uma análise quantitativa da interdisciplinaridade”, explica Oliveira Junior. “Além de ser útil para subsidiar políticas, esta quantificação. Por exemplo, com o mapa do conhecimento descobrem-se as conexões existentes em determinadas áreas, e, naqueles casos em que houver intuição de que as conexões deveriam ser feitas, mas ainda não o foram, podem-se induzir políticas para fazê-las”.
Para uma revista em particular, ou para um conjunto de revistas, as métricas podem ser importantes, até para mostrar seu perfil. Se esse perfil não está adequado, o comitê editorial dessa mesma revista pode fazer ajustes. Dando como exemplo a área de ciência de computação, que é central nos nossos dias para o desenvolvimento tecnológico, o fato é que, apesar de a temática ser central, as revistas dedicadas a essa área têm baixa multidisciplinaridade. Isso é surpreendente porque a computação está inserida em todas as áreas do conhecimento.
Na opinião de Oliveira Junior, a razão pela qual as revistas apresentam entropia baixa (baixa interdisciplinaridade) está no fato de elas terem políticas editoriais que privilegiam contribuições mais dedicadas à computação, propriamente dita, não dando destaque às aplicações de computação em outras áreas. “Essas revistas privilegiam, exatamente, os trabalhos que não são multidisciplinares”, ressalta.
As sociedades científicas são, segundo o pesquisador, as grandes aliadas para que as políticas editoriais possam ser modificadas, já que elas têm capacidade para fazer pressão junto aos corpos editoriais para que a política seja alterada, embora isso exija, também, uma mudança de cultura nas próprias áreas: em geral, isso também depende dos árbitros, que são independentes. Outro dado importante é o que o impacto de uma revista tem correlação positiva com a interdisciplinaridade, ou seja, as revistas mais multidisciplinares são as que têm maior impacto — embora existam exceções. O artigo original pode ser acessado em http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1751157713000096

Fonte :  Blog da UCS


segunda-feira, 10 de março de 2014

Construção de novos navios

Repercute a notícia sobre a assinatura, entre a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e a Indústria Naval do Ceará (Inace), do contrato para construção de quatro embarcações que serão laboratórios flutuantes para atender às demandas de todas as Universidades Federais que ofertam cursos nas áreas de Ciências do Mar.
Veja noticia em: http://www.andifes.org.br/?p=24918
Fonte : Secretaria do IO/FURG