sexta-feira, 28 de junho de 2013


A Biblioteca Setorial em Oceanografia acaba de receber a obra completa "Treatise on Estuarine and Coastal Science", contendo 12 volumes.

Veja abaixo o conteúdo da obra completa:
  • v.1. Classification on estuarine and nearshore coastal ecosystemas / volume editors C. Simenstad, T. Yanagi.  
  • v.2. Water and fine- sediment circulation / volume editors RJ Uncles, SG Monismith.  
  • v.3. Estuarine and coastal geology and geomorphology / volume editors BW Flemming, JD Hanson. 
  • v.4. Geochemistry of estuaries and coasts / volume editor G Shimmield.  
  • v.5. Biogeochemistry / volume editors RWPM Laane, JJ Middelburg. 
  • v.6. Trophic relationships of coastal and estuarine ecosystems / volume editors JG Wilson, JJ Luczkovich. 
  • v.7. Functioning of ecosystems at the land-ocean interface / volume editors CHR Heip, JJ Middelburg, CJM Philippart.  
  • v.8. Human-induced problems (uses and abuses) / volume editors MJ Kennish, M Elliott. 
  • v.9. Estuarine and coastal ecosystems modeling / volume editors D Baird, A Mehta. 
  • v.10. Ecohydrology and restoration / volume editors L Chícaro, M Zalewski.  
  • v.11. Management of estuaries and coasts / volume editors HH Kremer, JL Pinckney.  
  • v.12. Ecological economics of estuaries and coasts / volume editors M van den Belt, R Costanza.
Veja a descrição da obra feita pela Amazon.com:

"The study of estuaries and coasts has seen enormous growth in recent years, since changes in these areas have a large effect on the food chain, as well as on the physics and chemistry of the ocean. As the coasts and river banks around the world become more densely populated, the pressure on these ecosystems intensifies, putting a new focus on environmental, socio-economic and policy issues.

Written by a team of international expert scientists, under the guidance of Chief Editors Eric Wolanski and Donald McClusky, the Treatise on Estuarine and Coastal Science examines topics in depth, and aims to provide a comprehensive scientific resource for all professionals and students in the area of estuarine and coastal science.

Most up-to-date reference for system-based coastal and estuarine science and management, from the inland watershed to the ocean shelf
Chief editors have assembled a world-class team of volume editors and contributing authors
Approach focuses on the physical, biological, chemistry, ecosystem, human, ecological and economics processes, to show how to best use multidisciplinary science to ensure earth's sustainability
Provides a comprehensive scientific resource for all professionals and students in the area of estuarine and coastal science
Features up-to-date chapters covering a full range of topics"

Golfo do México pode ter área tóxica do tamanho de Sergipe, diz NOAA

Zonas são geradas pela contaminação da água por nutrientes agrícolas.
Segundo a NOAA, fenômeno pode impactar negativamente a economia.

Na imagem, a área em vermelho representa a previsão de "zona morta" no Golfo do México. Ausência de oxigênio reduz a biodiversidade na região (Foto: Divulgação/NOAA)

A zona morta do Golfo do México pode alcançar este ano uma extensão recorde de águas sem oxigênio devido à contaminação, advertiram cientistas nesta semana, com base em dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês).

As zonas mortas, tóxicas para a vida marinha, são geradas pela contaminação excessiva da água com o transporte de nutrientes usados na agricultura. Estas áreas também são influenciadas pelo clima, as chuvas, os ventos e a temperatura. Quando há pouco oxigênio na água, a maior parte da vida marinha que permanece perto do fundo do mar não consegue sobreviver.

De acordo com o órgão americano, a zona morta do Golfo do México pode alcançar 22.171 km², área pouco maior que o tamanho do estado do Sergipe, no nordeste brasileiro.

"A previsão deste ano para o Golfo reflete que as inundações no meio-oeste provocaram o transporte de grandes quantidades de nutrientes da bacia do Rio Misisippi até a região", informou a NOAA em um comunicado. "No ano passado, a zona morta do Golfo do México foi a quarta menor nos registros devido à seca, cobrindo uma área de 7.482,5 km²", acrescenta.

Impacto para a pesca

Os resultados finais só serão conhecidos em agosto. Se a região for varrida por uma grande tempestade tropical, entre o começo de julho e o começo de agosto, a estimativa cairá para 13.841 km².

Nos últimos cinco anos, a zona morta do Golfo ocupou, em média, 14.504 km². A NOAA informou que a zona morta do Golfo do México afeta a pesca "comercial e recreativa, importante em nível nacional, e põe em risco a economia da região".

Fonte: G1 Natureza

segunda-feira, 24 de junho de 2013

O Ártico pode socorro



O rápido desaparecimento do mar congelado no Ártico: modificações ambientais e implicações políticas


Jefferson Cardia Simões
Diretor, Centro Polar e Climático
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

O mar congelado do Ártico é somente uma parte da Criosfera

Atualmente dez por cento da superfície da Terra é coberta por neve e gelo, formando a Criosfera* que se forma basicamente por duas maneiras: (1) Pela precipitação e acumulação de neve sobre continentes ou ilhas, constituindo as geleiras e os dois grandes mantos de gelo** (da Antártica e da Groenlândia); (2) Pelo congelamento da água do mar, formando uma fina capa de gelo marinho sobre o Oceano Ártico e o Oceano Austral (aquele que rodeia o continente Antártico).


*Termo usado para se referir coletivamente a todo o gelo e neve existente na superfície terrestre. Os principais componentes são a cobertura de neve, o gelo de água doce em lagos e rios, o gelo marinho, as geleiras de montanha (ou altitude), os mantos de gelo e o gelo no subsolo (permafrost).


**Uma massa de neve e gelo com grande espessura e área maior do que 50.000 km2. Os mantos de gelo podem estar apoiados sobre o embasamento rochoso ou flutuando (plataforma de gelo). O manto de gelo da Antártica atinge quase 5 km de espessura.

Solo congelado do Ártico pode derreter em até 30 anos, diz estudo

Imagem do satélite do Ártico com seu maior volume de gelo no ano (Foto: Nasa/Goddard)

O permafrost, solo permanentemente congelado do Ártico, pode começar a derreter entre 10 e 30 anos, liberando gases de efeito estufa na atmosfera e agravando o aquecimento global, indicou um estudo divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Departamento de Ciências da Terra na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.

O permafrost poderia começar a derreter a partir de uma elevação das temperaturas globais de 1,5 °C, em comparação com níveis pré-industriais, antecipa este estudo realizado a partir de estalagmites antigas e que será publicado em 27 de junho na revista "Geological Society".

A temperatura global média já aumentou 0,8 ºC após a Revolução Industrial e se a tendência atual se mantiver, limite poderá ser alcançando de "10 a 30 anos", calcula a equipe chefiada por Gideon Henderson.
"É necessário fazer um esforço urgente para reduzir os gases de efeito estufa", alertaram os cientistas, que realizaram o estudo sobre estalagmites e estalagmites encontradas em uma gruta perto de Lensk, no leste da Sibéria.

Estes espeleotemas se formam quando a água da superfície se infiltra no teto da gruta, onde a temperatura ambiente é a mesma da superfície. Por isso, são testemunhos preciosos de uma época em que a região não era congelada.

Graças a vestígios de urânio e isótopos de chumbo, foi possível estabelecer que eles se formaram, em média, há 945 mil anos, depois novamente há 400 mil anos. Estes períodos de degelo do permafrost coincidem com os períodos em que a superfície da Terra era 1,5 ºC mais quente do que a era pré-industrial, com uma margem de erro de 0,5 ºC.

Estoque de carbono

Também chamado de "pergelissolo", o permafrost representa, em média, um quarto da superfície das terras no hemisfério norte. Em nível mundial, encerra 1,7 trilhão de toneladas de carbono, ou seja, cerca do dobro do CO2 já presente na atmosfera.

Se esta matéria orgânica congelada derreter, ela liberará lentamente todo o carbono acumulado e "neutralizado" com o passar dos séculos. Este excesso de devolvido à atmosfera não foi até agora levado em conta nas projeções sobre o aquecimento global que são objeto de negociações em nível mundial.

A comunidade internacional se colocou como meta limitar o aquecimento a 2 °C e conseguir alcançar um acordo global e ambicioso de limitação dos gases-estufa em 2015 durante a conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) prevista para ser celebrada em Paris. De outra forma, as ações realizadas até o presente colocam o planeta numa trajetória de 3 ºC a 5 ºC.

Fonte: G1 Natureza

Cientistas implantam microchips em tubarões das Ilhas Galápagos

Objetivo é monitorar espécies e evitar extinção de populações ameaçadas.
Presença de tubarões em área é sinal de que biodiversidade é saudável.
 
Pesquisadores realizam pesagem e implantam microchip em tubarão que vive nas Ilhas Galápagos, no Equador. Objetivo dos cientistas é investigar habitat de animais e monitorar espécies ameaçadas (Foto: Rodrigo Buendia/AFP)

Pesquisadores do Parque Nacional Galápagos, responsáveis por estudar a biodiversidade do arquipélago localizado no Equador, trabalham na marcação de tubarões com microchips, que ajudarão a identificar seus habitats dentro da reserva marinha e a proteger populações.

Os cientistas querem monitorar esses animais e evitar que a pesca predatória ameace as 33 espécies que vivem sob a proteção da reserva, algumas delas já com risco de desaparecer da natureza.

Microchips estão sendo implantados nos animais para que eles possam ser monitorados em uma região de 138 mil km² com a ajuda de satélites. A equipe sai de barco pelas ilhas, recolhem os animais e realizam procedimentos como a pesagem e a determinação do sexo do tubarão.

Estudos realizados há sete anos revelaram que há abundância de populações de tubarões em Galápagos, onde vivem espécies como o tubarão-baleia. Isto representa que a biodiversidade local ainda permanece rica e longe de perigos provocados por humanos.

Uma das ameaças é o “finning”, quando o animal é descartado ainda vivo no mar após ter sua barbatana retirada por pescadores. A peça é utilizada na elaboração de pratos, como a sopa de barbatana de tubarão, muito consumida na China, onde acredita-se que a iguaria fortalece a saúde e os ossos.

O sucesso desta sopa entre os chineses provoca a drástica redução da população de tubarões, predadores que desempenham papel chave na cadeia alimentar submarina, reclamam os ambientalistas, que criticam o "finning" por fazer com que o peixe morra lentamente por não poder mais nadar.


Momento em que microchip é implantado em tubarão que vive na região das Ilhas Galápagos, no Equador (Foto: Rodrigo Buendia/AFP)
Pesquisador segura exemplar de tubarão, capturado para pesquisa nas águas das Ilhas Galápagos, no Equador (Foto: Rodrigo Buendia/AFP)

Fonte: G1 Natureza

Biólogos avistam no Canadá a primeira baleia negra em 60 anos

Espécie é uma das mais ameaçadas de extinção do mundo.
Alvo de forte captura no século 19, animal foi visto só 6 vezes no século 20.

Foto divulgada pela guarda-costeira canadense mostra a baleia negra (Foto: AFP/Fisheries and Oceans Canada)


Uma baleia negra do Pacífico Norte, um dos animais mais ameaçados de extinção do mundo, foi avistada nos últimos dias pela primeira vez em mais de 60 anos na costa ocidental do Canadá, anunciou nesta quinta-feira (20) o ministério de Pesca e Oceanos.

Um navio da guarda-costeira canadense que cruzava as Ilhas da Rainha Carlota, na fronteira com o estado americano do Alasca, pôde observar o animal em várias ocasiões.

"Quando percebemos o que estávamos vendo, não podíamos acredita"', declarou em um comunicado James Pilkington, biólogo do ministério a bordo do navio.

A baleia negra foi vista em águas canadenses apenas seis vezes durante o século 20, a última há 60 anos.
A espécie é considerada uma das mais ameaçadas do planeta.

Esta baleia de pele negra e mandíbula curva pode medir até 17 metros e pesar 90 toneladas.

Durante o século 19, foi capturada intensivamente, até que nos anos 1960 sua pesca foi declarada ilegal. Calcula-se que restem entre 300 e 400 espécimes no Canadá, Alasca e Mar de Behring.

Fonte: G1 Natureza

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Neto de Jacques Cousteau vai explorar vida submarina na Flórida

Oceanógrafo seguirá passos do avô explorador para estudar contaminação.
Ele ficará 31 dias no fundo do mar realizando experiências ambientais.

O oceanógrafo Fabien Cousteau, neto do explorador Jacques Cousteau, em um evento (Foto: Brad Barket/Getty Images North America/Getty Images/AFP)

O oceanógrafo Fabien Cousteau seguirá o legado do avô, o explorador francês Jacques Cousteau, e explorará durante 31 dias o fundo do mar da Flórida (sudeste dos Estados Unidos) com o objetivo de fazer uma série de experiências ambientais.

"Cousteau mergulhará no final de setembro na chamada Mission 31 (Missão 31), um projeto destinado a passar 31 dias debaixo d'água" para testar novas experiências científicas e uma tecnologia com robôs submarinos autônomos, explicou à AFP Amy Summers, relações-públicas da iniciativa liderada pelo explorador.

"Mission 31" é o nome de uma equipe de pesquisas que mergulhará até 20 metros em 30 de setembro com o propósito de chegar à Aquarius, uma estação submarina da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), administrada pela Universidade Federal da Flórida no litoral de Long Key, extremo sul do estado.

O objetivo desta missão é estudar o impacto das mudanças climáticas e da contaminação nas águas do sul da Flórida e provar o impacto psicológico da vida nas profundezas do oceano.

Aquarius se situa no coração de um santuário marinho -- a nove milhas de Long Key -- e é o único habitat que serve como laboratório submarino no mundo.

"Graças à última tecnologia em câmeras, poderemos mostrar ao mundo cada segundo de Mission 31, em tempo real, sem editar. E acho que isso vai deixar as pessoas perplexas", disse Cousteau, de 45 anos, em um comunicado.

A aventura da Mission 31 será transmitida na íntegra para cientistas e estudantes durante 24 horas com algumas retransmissões ocasionais nos cortes informativos do canal americano especializado em clima, Weather Channel.

"Exploramos menos de 5% dos nossos oceanos. Há muito mais a descobrir", apontou.

Os pesquisadores vão experimentar alguns escafandros especialmente desenhados para tirar fotos e registrar vídeos através de comandos de voz, que podem ser postados na internet instantaneamente.

Fonte: G1 Natureza

Vídeo sobre nova espécie de peixe descoberta pela Unesp



Pesquisadores da Unesp descobriram uma nova espécie de peixe que mede 20,8 milímetros e é natural da bacia do Rio São Francisco, em Minas Gerais. Da espécie dos cascudos, o animal foi chamado de Hisonotus bocaiuva. Mais informações: www.unesp.br.

Assista o vídeo produzido pela Unesp no link abaixo:


Amir Klink relata no Cidec-Sul as experiências em suas viagens pelo mar


Para uma plateia atenta que compareceu em grande número ao auditório principal do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (CidecSul) da FURG, o navegador Amir Klink realizou palestra na tarde desta quinta-feira (20). A palestra “A Riqueza do Continente Antártico” integrou a programação da 5ª Semana Acadêmica da Oceanologia (SAO) da FURG.

Logo no início de sua apresentação, o navegador revelou que havia estado há 18 anos em Rio Grande. “Aqui conversei com o Lauro Barcelos”, disse Amir. Lauro é o diretor do Museu Oceanográfico da Universidade. Ele afirmou que acha Rio Grande uma cidade interessante, “por ter uma ligação com o mar”.

Ao longo de sua explanação, o navegador contou a experiência que teve nas viagens que realizou. Há 27 anos, Amir viaja para o continente antártico, tendo realizado 40 ao todo. Os espectadores foram contemplados com histórias e relatos interessantes. Em 1986 o navegador realizou a primeira viagem à Antártica. Na volta, começou a construção do barco Paratii. Com esse barco, em 1989, estreou como velejador em uma viagem solitária que durou 642 dias. Amyr Klink passou sete meses e meio imóvel em uma invernagem antártica.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Livros de Amyr Klink


360º ao redor da Antártica

Como em um diário de bordo, "Mar sem fim" teria uma data curiosa para começar: 31 de outubro de 1998, Dia das Bruxas. Foi nesse dia que o navegador deixou a mulher, Marina, e as filhas em Paraty, decidido a realizar o grande projeto de sua vida: sua primeira volta ao mundo, realizada nas águas da Convergência Antártica - notável e precisa fronteira entre as águas frias do Norte e as águas geladas da Antártica. Ali estão os mares mais perigoso do planeta. Um percurso considerado um desafio,mesmo com os equipamentos sofisticados da navegação moderna. Amyr foi o primeiro a realizá-lo, navegando sozinho no veleiro Paratii.

Não foi um projeto fácil. Primeiro, pelo atraso na entrega do novo mastro do Paratii - uma cruz de 25 metros a ser plantada no convés, sensível ao menor movimento dos dedos do navegador. Com isso, não foi possível partir na data prevista, cuidadosamente calculada para o máximo aproveitamento do verão, e foi preciso esperar um ano inteiro. Em seguida, pelas enormes dificuldades da empreitada: partir de um ponto e navegar para Leste até bater nesse ponto outra vez - e isso viajando durante meses sem ver um naco de terra, enfrentando um mar temperamental, às vezes extremamente violento, com períodos de nenhuma visibilidade, muito gelo, vento forte, e o tempo todo submetido a uma rotina que não permitia mais do que cinco horas de sono não contínuo por dia.

Foram 141 dias no mar. Um verão inteiro viajando em latitudes onde o sol nunca se esconde. Dezoito mil milhas navegadas, 12.240 das quais sem pisar em terra, e com muitos sustos, como quando por pouco não ocorre uma colisão entre o Paratii e um gigantesco iceberg. O réveillon de Amyr, em meio a uma tempestade aparentemente eterna, tem um sabor de pesadelo. E, ao mesmo tempo, o deslumbramento: miragens de ilhas, a visão de um cachalote e da rica fauna marinha - que no livro merecem um inventário, com desenhos originais de Sírio Cançado.

Essa é a viagem que o leitor acompanha neste livro, em um mar sem fim, como no poema de Fernando Pessoa que serve de epígrafe ao livro:

E ao imenso e possível oceano Ensinam estas Quintas, que aqui vês, Que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português.

FICHA TÉCNICA:
• MAR SEM FIM
• Amyr Klink
• Subtítulo: 360º ao redor da Antártica
• Capa: Hélio de Almeida
• Caderno de fotos: 36pp.
• Formato: 16 x 23 cm
• 272 pp.
• Papel: Pólen soft

Mar sem fim teve o patrocínio da PETROBRAS




Relato da viagem de 642 dias entre a Antártida e o Ártico a bordo do veleiro Paratii no período de 1989 a 1991.

Texto da orelha do livro, escrito por Juca Kfouri

"Bem-vindo a bordo. Você vai começar a fazer uma viagem inesquecível. Aliás, duas viagens. Uma, calma, saborosa, sem sobressaltos ou tédio. A outra, plena de aventuras, repleta de emoções, rumo ao desconhecido.

Ambas têm como comandante uma figura rara. Alguém capaz de navegar com rara competência pelo mundo das letras e pelos oceanos do mundo. Amyr Klink é mesmo um brasileiro notável. Como poucos sabe viver experiências incomuns, o que por si só justifica uma existência. Além disso, é também extremamente talentoso para contar sua epopéia.

A primeira viagem você faz ao saborear este Paratii: entre dois pólos. A segunda será feita dentro do barco, sem enjoar.

Quinhentos anos depois que os europeus e suas caravelas chegaram à América, um brasileiro relatra a expedição que o levou à Antártida, tendo como companhia apenas os albatrozes e os pinguins. E dormindo só 45 minutos por vez, o tempo exato de cada período de um jogo de futebol.

O navegante solitário, livre por natureza, percorreu milhas e milhas para...ficar preso. Preso pelo gelo e por opção. Solto para sonhar diante da imensidão, entre o céu e o mar, o sol e as estrelas. Treze meses absolutamente ímpares nos quais nunca um dia foi igual ao outro, no continente branco que é multicolorido, tão árido e tão vivo simultaneamente.

Amyr Klink se encontra no mar. O nosso encontro é no livro. Amyr no mar é como sereio, meio homem, meio peixe. No livro é um sábio, poeta das melhores histírias do século XX, quando o homem domou o espaço sem perder o fascínio que as ondas não param de despertar.

Icebergs, tempestades, leões-marinhos, dias longos, noites curtas, reflexões sem fim. Visitas humanas aqui e ali, mais ali do que aqui.

Cristóvão Colombo há de desculpar. Mas é inegável a vantagem de Amyr Klink. Mais que um continente, Amyr descobre a vida e não causa polêmicas. Ele é uma unanimidade como navegador e escritor."





"Pelas janelas de um barco faz-se o mundo passar. Que me desculpem os entendidos com seus rigores técnicos e nomes precisos - mais do que escotilhas, gaiútas ou vigias, o meu barco tem porta e janelas. Sete, grandes e claras, por onde, trabalhando as velas e juntando milhas, fiz passar as latitudes e paisagens que procurei. E uma porta, por onde passei mais vezes do que sei. Sete janelas, uma para cada mar, voltadas para os lados e para a frente, que transformaram distâncias em tempo, fizeram do desconhecido o seu porto e, ao final, não se fecharam em porto nenhum.

Vinte e dois meses viajando no Paratii, atravessando nos alísios as areias do Saara ou marcando de gelo o alumínio do costado, descobri que apenas para isso serve um barco. 

Para não viver em portos, e navegar. Para fazer passar por suas janelas o mundo, e, um dia, voltar" 

Amyr Klink. 



Relato da primeira travessia do Atlântico Sul em barco a remo realizada em 1984.

"Em Paraty, velho porto do Brasil colonial, o mar faz parte da história e da paisagem, ditando até hoje os costumes e os ritmos de seus moradores. Foi nessas águas tranquilas, onde a canoa ainda é um dos principais meios de locomoção, que Amyr Klink desenvolveu, desde criança, um profundo amor aos barcos e à vida marítima.

Cem dias entre céu e mar, o relato de sua travessia do oceano Atlântico a bordo da "lâmpada flutuante" (o apelido que deu ao minúsculo barco a remo), é bem mais do que o registro de uma façanha esportiva. O leitor atento perceberá nestas páginas ecos das narrativas de Conrad, do Jack London de O lobo do mar, das epopéias portuguesas que desvendaram o mar Oceano e, sobretudo, das viagens de grandes exploradores polares como Amundsen, Schackleton e Scott. 

Uma intensa poesia atravessa este livro: nas conversas do autor com os objetos a bordo e com os dourados e tubarões que lhe fazem companhia; na esplêncida visão de uma baleia que surge sob o barco no meio da noite; ou ainda na forma como procura enxergar o tempo, "na numeração do cardápio, nas páginas do diário, nas cápsulas de gás do fogareiro, nos rádio-contatos que ainda faltavam, nos fins de semana, nas dobras da carta", onde ia pacientemente anotando, dia-a-dia, as agruras e alegrias da viagem.

Ao lado da qualidade épica, há em Amyr uma rara compreensão das relações do homem com o meio natural, apreendida no convívio com a cultura caiçara do nosso litoral, aliada em seus projetos ao que existe de mais avançado no mundo da tecnologia. E é bem essa mistura de valores tradicionais e ousadia, de arrojo e sobriedade, que sustenta este navegador em seus difíceis desafios."




Entre Estaleiros e homens do mar

A aventura de construir o Paratii 2: do sonho e da determinação de fazer um barco "leve como canoa, forte como rebocador", nascem histórias de projetos, estaleiros e marinas. Seis anos depois do sucesso de Mar sem fim, Amyr Klink descreve os bastidores das grandes viagens

"Como você consegue se adaptar, depois de tantos meses no mar?". Em seu novo relato sobre barcos e viagens, Amyr Klink confessa não conseguir deixar de se espantar com essa pergunta "típica de desmiolados que imaginam haver no mar tempo sobrando para fazer filosofia". E basta singrar as páginas de suas novas memórias afetivas - um afeto por homens e barcos (nessa ordem, sem a menor dúvida) - para partilhar do espanto de um autor cada vez mais direto e incisivo ao discursar sobre suas paixões.

A história em torno da qual giram as várias outras histórias deste livro é a da construção, lançamento e navegação do Paratii 2, "um barco simples como canoa e cargueiro como navio". E a busca dessa simplicidade e dessa amplidão demanda um tempo que no mar é sempre escasso, um tempo que aflige enquanto não produz resultado, mas que permite armazenar na memória tudo que contribuiu para que o barco de Amyr fosse o mundo - repleto de tipos antológicos, apetrechos insuspeitados, como um "enganchador de moças" e "bichos peçonhentos" perfuradores de dedos aventureiros, e momentos de tensão em que dez segundos podem decidir o destino do navegador.

O leitor acompanha o nascimento do interesse de Amyr pelos barcos, sua paixão pelas canoas de Paraty, as leituras desfrutadas no sótão e as histórias recolhidas pelo mar. Testemunha também as pesquisas, os testes e as viagens empreendidas para realizar o sonho de um barco capaz de passar anos inteiros nas terras geladas da Antártica e levar na tripulação crianças e suas fantasias infantis.

O novo livro de Amyr Klink traz um barco como tema, mas o homem é o porto. E, como toda boa história marítima, tem até tesouro enterrado.

AMYR KLINK nasceu em São Paulo, em 1955. Formou-se em economia e administração, mas é conhecido por suas viagens ao redor do mundo. Navegador experiente, registrou em livro diversas de suas aventuras, como a travessia a remo do oceano Atlântico, narrada em Cem dias entre céu e mar (1995), a expedição de quase dois anos entre a Antártica e o Ártico (Paratii: entre dois pólos, 1992) e a primeira volta ao mundo realizada nas águas da Convergência Antártica, onde estão os mares mais perigosos do planeta (Mar sem fim, 2000). É autor ainda de As janelas do Paratii - 112 fotos (1993).

FICHA TÉCNICA:

• LINHA D'ÁGUA
• Amyr Klink
• Subtítulo: Entre Estaleiros e homens do mar
• Capa: Hélio de Almeida
• Formato: 16 x 23 cm
• 352 pp.

Fonte: Página oficial de Amyr Klink



Amyr Klink na 5ª Semana Acadêmica de Oceanologia

Com o tema “Qual o valor do conhecimento?” a 5ª Semana Acadêmica da Oceanologia (SAO) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) objetiva caracterizar a importância do oceanógrafo neste contexto de desenvolvimento da atividade marítima, no qual existe um amplo programa de construção naval, exploração e produção offshore. O evento, que começou ontem (17) e se estende até o dia 20 de junho está sendo realizado no Cidec-Sul da FURG.

As atividades da 5ª SAO buscam contextualizar o mercado de trabalho para o oceanógrafo incluindo questões como: valorização e relevância da atuação ética no trabalho e importância de investimentos públicos e privados para o desenvolvimento da pesquisa. 

A programação do evento inclui palestras, minicursos, mesas redondas, e apresentações de trabalhos através de comunicações orais. No dia 20 de junho (quinta-feira), às 16h45, haverá a palestra “A riqueza do continente Antártico” ministrada por Amir Klink. Nascido no dia 25 de setembro de 1955, na cidade de São Paulo, Amyr Klink ficou conhecido pelas suas expedições marítimas realizadas, na maioria das vezes, de forma solitária. Em 1986 realizou a primeira de 15 viagens à Antártica. Na volta, começou a construção do Paratii. Com esse barco, em 1989, estreou como velejador em uma viagem solitária que durou 642 dias. Amyr Klink passou sete meses e meio imóvel em uma invernagem antártica. Mais informações sobre o palestrante em http://www.amyrklink.com.br/

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Começa hoje a V Semana Acadêmica de Oceanologia

Confira aqui a programação:


Fonte: IO/FURG

Glaciares da Antártica derretem mais rápido nas bases, diz estudo da Nasa

Contato com oceano mais quente acelera perda de massa na região.
A Antártica contém, em média, 60% das reservas de água doce do planeta.

Plataformas glaciares localizadas na borda da Antártica são as mais afetadas pelo aquecimento dos mares, diz estudo divulgado pela Nasa e publicado na "Science" (Foto: Eduardo Carvalho/G1)

A base de plataformas glaciares que ficam na borda da Antártica, e tem contato direto com a água do mar, é a região que mais perde gelo devido à elevação da temperatura dos oceanos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (14) por um estudo publicado na edição impressa da revista "Science" e realizado pela agência espacial americana (Nasa).

A pesquisa revelou que o derretimento na base desses grandes blocos respondeu por 55% da perda total de massa dessas formações de gelo. Os dados foram medidos entre 2003 e 2008 e o volume percebido é muito mais importante do que o previamente calculado.

Determinar como essas plataformas glaciares derretem ajudará os glaciologistas e outros cientistas a melhorar suas previsões sobre a resposta da massa glaciar antártica ao aquecimento do oceano e sobre sua contribuição para a elevação do nível dos oceanos.

Os pesquisadores estudaram as taxas de derretimento destas massas de gelo, que são prolongamentos das geleiras flutuantes no oceano e que cobrem uma superfície de 1,5 milhão de km².

A Antártica contém, em média, 60% das reservas de água doce do planeta nestas plataformas, espécies de barreiras de gelo, reduzindo o escorregamento das geleiras para o oceano.

Segundo a investigação, este estudo refinará os modelos sobre a circulação oceânica, ao fornecer uma estimativa melhor do volume de água doce procedente do derretimento destas plataformas de gelo na zona costeira da Antártica.

Os cientistas reconstituíram o acúmulo de gelo e a espessura com satélites e aviões, assim como as mudanças na elevação destas plataformas e a velocidade de deslocamento. Eles conseguiram, ainda, determinar com qual velocidade derreteram e compará-las com a formação de icebergs.

"O ponto de vista tradicional sobre a perda da massa de gelo da Antártica é que ela ocorre quase totalmente da ruptura de um iceberg", explicou Eric Rignot, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia, oeste), principal autor deste trabalho.

"Nosso estudo mostra que o derretimento da base das plataformas de gelo no entorno da Antártica contribui de forma muito mais importante", afirmou Rignot.

Fonte: G1 Natureza

Cientistas descobrem nova espécie de peixe em mar de ilha do Caribe

Animal foi descoberto próximo à ilha de Curaçao, a 160 m de profundidade.
'Haptoclinus dropi' mede cerca de 2,5 centímetros.

Peixe da espécie recém-descoberta 'Haptoclinus dropi' (Foto: Instituto Smithsonian/AP)


Cientistas do Instituto Smithsonian, dos EUA, descobriram uma nova espécie de peixe nos corais próximos à ilha de Curaçao, no Caribe, enquanto realizavam um projeto para colher dados para uma pesquisa sobre os efeitos das mudanças climáticas na região, informam jornais e sites de notícias internacionais.

Batizado de Haptoclinus dropi, o peixe é pequeno e colorido, segundo a agência de notícias Associated Press. O animal foi descoberto a aproximadamente 160 metros de profundidade enquanto cientistas usavam equipamento submarino para explorar o mar.

O peixe mede cerca de 2,5 centímetros e tem barbatanas iridescentes. Seu corpo tem tons alaranjados e brancos, de acordo com o site canadense de notícias "Global News".

"[A descoberta] é apenas a ponta do iceberg. Essa exploração que estamos fazendo é fundamental", disse a pesquisadora Carole Balwdin ao site de notícias, referindo-se à possibilidade de haver novas espécies na região.

Carole ressaltou que a equipe de pesquisa coletou de 25 a 30 peixes e invertebrados que podem ser novas espécies. A previsão é de voltar à Curaçao em agosto para coletar mais espécimes, mês em que também será completado um ano do início do monitoramento dos efeitos das mudanças climáticas na região, diz a Associated Press.

O projeto sobre mudanças climáticas está coletando dados sobre temperatura e biodiversidade marinha próximo à ilha caribenha e começou em agosto de 2012, segundo a agência.

Fonte: G1 Natureza

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cientistas decifram código genético de alga 'especialista' em adaptação

Estudo publicado nesta quarta-feira (12) na revista "Nature" apresenta o código genético de uma alga marinha denominada Emiliania huxleyi, considerada uma das formas de vida mais bem sucedidas do planeta e com capacidade de adaptação em qualquer ambiente.

Segundo os cientistas, a alga conhecida com o nome de cocolitoforídeo consegue florescer tanto em regiões quentes como em áreas frias. A pesquisa levou mais de dez anos para ser concluída. A descrição feita na revista "Nature" mostra que a alga tem uma concha fina e dura de carbonato de cálcio.

Considerada um ser unicelular, esta microalga pode atingir um diâmetro que é oito vezes menor do que o diâmetro de um fio de cabelo humano e ocorre em todos os oceanos do mundo, com exceção de mares polares muito frios.

A alga surge em grandes quantidades durante a primavera e verão. Cientistas estão interessados na Emiliana Huxleyi porque esta alga absorve grandes quantidades de dióxido de carbono na superfície do oceano, auxiliando na atenuação do efeito estufa.

Quando ela morre, seus restos mortais são transportados para o fundo do mar, armazenando o carbono nas profundezas por milhares de anos.

Imagem da agência espacial americana, Nasa, mostra formação massiva de algas Emiliania huxleyi na costa da Inglaterra (Foto: Nasa)


Essencial na cadeia alimentar marinha

Assim como o fitoplâncton, o cocolitoforídeo é um elo básico na cadeia alimentar dos oceanos. Originalmente, pensava-se que seu genoma tivesse apenas 30 bilhões de bases ou "cadeias" na escala de DNA.

No entanto, foi revelado que se trata de um emaranhado de 141 milhões de bases, com pelo menos 30 mil genes, um terço a mais do que a quantidade de genes humanos, embora nosso genoma seja muitas vezes maior.

Descobrir como funciona esta microalga poderá, algum dia, ajudar na pesquisa médica e a compreender melhor o impacto dos gases de efeito estufa neste organismo vital.

Identificar os genes e as proteínas que a ajudam a construir sua pequena concha poderia levar ao desenvolvimento de novos materiais compostos para próteses ósseas. "O genoma, por assim dizer, é o 'disco rígido' de um organismo", afirmou Klaus Valentin, do Instituto Alfred Wegener de Pesquisa Polar e Marinha.

"Todas as propriedades estão codificadas ali, sua aparência, como se adapta, como compete com os outros. Se soubermos os dados deste disco rígido, podemos aprender muito sobre o que este organismo pode fazer e como reage às alterações resultantes, por exemplo, das mudanças climáticas", acrescentou.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Museu Oceanográfico Univali


O acervo do Museu Oceanográfico Univali reúne coleções excepcionais em diversos grupos de grande importância científica, destacando a maior coleção de conchas da América Latina, com 88.813 amostras que incluem as duas conchas mais procuradas por colecionadores no mundo; a maior coleção de mamíferos marinhos do Brasil, com 708 lotes que incluem baleias, golfinhos, focas, lobos e leões marinhos de diversas espécies; a maior coleção da América Latina de tartarugas marinhas, com 644 lotes; a maior coleção de elasmobrânquios (tubarões e raias) da América Latina e a quarta maior do mundo, com 5017 espécimes que incluem exemplares raríssimos e únicos em nosso continente.

Atualmente, este acervo é referência para diversas atividades de cunho didático e de pesquisa, incluindo trabalhos de graduação, mestrado e doutorado, além de artigos científicos publicados em periódicos especializados nacionais e estrangeiros. Um dos objetivos do museu é desenvolver coleções de referência que representem o maior número possível de táxons e que possibilitem pesquisas taxonômicas modernas sobre a fauna marinha. A maior parte do acervo do MOVI é composta por animais marinhos da fauna Brasileira, especialmente aqueles do sul do Brasil.

O Museu Oceonográfico Univali, ganhou novas instalações no Campus Univali de Piçarras em um prédio amplo e moderno que permite excelentes condições de curadoria. Além disso está montando uma exposição oceanográfica que terá 1000m2, uma das maiores do Brasil, o que somado a todas as demais áreas do museu atinge aproximadamente 4000m2 de área construída, um dos maiores museus de história natural da América Latina e o terceiro maior museu oceanográfico do mundo.

A temática da exposição abrangerá a formação dos oceanos, a evolução dos seres vivos, a história da oceanografia, os recursos vivos e minerais dos oceanos, a preservação do meio ambiente marinho e uma ampla exposição sobre os seres vivos marinhos. Serão expostas espécies raríssimas que incluem raríssimos tubarões e raias de profundidade, peixes exóticos abissais, lulas gigantes, nossas espécies de tartarugas marinhas, grandes animais conservados inteiros em tanques de vidro como golfinhos, peixe-lua, raias manta, entre muitos outros. Todo este acervo será exposto em praticáveis e módulos auto-explicativos com percurso obrigatório que propiciará ao visitante a oportunidade de não perder nenhuma das atrações.

Coleções

As coleções do Museu Oceanográfico Univali são compostas essencialmente por espécies marinhas, incluindo as de ambientes costeiros, pelágicos, de oceano profundo e ilhas oceânicas. A maior parte do material colecionado é representativo da fauna brasileira, especialmente da Região Sul. Alguns lotes coletados fora do Brasil foram permutados ou doados por outras instituições.

As coleções estão abertas a especialistas que queiram examinar espécimes diretamente no museu ou em suas respectivas instituições, através de empréstimos (exceto holótipos). Estamos também abertos a propostas de permutas ou doações de material.

Até o momento, o acervo do MOVI está dividido em 6 principais coleções, sendo que a coleção de Invertebrados está subdividida de acordo com seus respectivos filos.


A Coleção de Invertebrados Marinhos do MOVI é composta por aproximadamente 3200 lotes, com média de 15 espécimes por lote. A coleção está subdividida de acordo com seus respectivos filos: Annelida, Ascidiacea, Brachiopoda, Bryozoa, Coelenterata, Crustacea, Echinodermata, Mollusca, Nematoda, Platyhelminthes e Porifera. Solicitações de empréstimos e permutas devem ser encaminhadas para Jules M. R. Soto


 A Coleção de Peixes é composta por aproximadamente 4.000 lotes, com média de 6 espécimes por lote, incluindo 9 holótipos e 64 parátipos.
A coleção contém espécimes que variam em tamanho, de pequenos peixes ósseos (de alguns milímetros) a grandes tubarões (de aproximadamente 4 metros). Espécimes pequenos são armazenados em frascos de vidro (até 5 litros) ou em recipientes plásticos (até 200 litros). Os espécimes maiores são armazenados em grandes tanques de fibra de vidro com até 3,5 metros de comprimento (3.000 litros aproximadamente).
Solicitações de empréstimos e permutas devem ser encaminhadas Jules M. R. Soto.




A Coleção de Répteis Marinhos do MOVI é composta por aproximadamente 640 lotes, com média de 3 espécimes por lote. Quase todos os lotes são de tartarugas marinhas, sendo que na maioria dos casos apenas os esqueletos encontram-se preservados, embora uma parte considerável da coleção esteja preservada em álcool.
A coleção contém espécimes que variam em tamanho, de pequenos embriões (de alguns centímetros) a indivíduos adultos (de aproximadamente 2 metros). Espécimes pequenos são armazenados em frascos de vidro (até 5 litros), e os espécimes adultos em tanques plásticos de 1.000 litros.
Solicitações de empréstimos e permutas devem ser encaminhadas para Jules M. R. Soto.



A Coleção de Aves Marinhas do MOVI é composta por aproximadamente 700 lotes, incluindo taxidermias, esqueletos, e espécimes conservados em álcool. A coleção ainda conta com um banco de imagens em papel, cromo e vídeo.
Solicitações de empréstimos e permutas devem ser encaminhadas para Jules M. R. Soto.



A Coleção de Mamíferos Aquáticos do MOVI é composta por aproximadamente 700 lotes. Na maioria dos casos, apenas os esqueletos encontram-se preservados, embora uma parte considerável da coleção esteja preservada em álcool.
A coleção contém espécimes que variam em tamanho, de pequenos embriões (de alguns centímetros) a cetáceos adultos (de aproximadamente 3 metros). Espécimes pequenos são armazenados em frascos de vidro (até 5 litros) ou em recipientes plásticos (até 200 litros). Os espécimes maiores são armazenados em grandes tanques de fibra de vidro com até 3,5 metros de comprimento (3.000 litros aproximadamente).
Solicitações de empréstimos e permutas devem ser encaminhadas para Jules M. R. Soto.







'Serpente das profundezas' é clicada no Golfo do México por cientistas

Peixe-remo ou regaleco é uma espécie de peixe que pode medir 17 metros.
Imagens ajudaram pesquisadores a estudar melhor o animal.

Exemplar de peixe-remo, também chamado de regaleco, que foi encontrado no Golfo do México (Foto: Mark Benfield/Louisiana State University)


Pesquisadores da Universidade Estadual da Louisiana, nos Estados Unidos, conseguiram captar imagens inéditas de um peixe-remo (Regalecus glesne), também chamado de regaleco, que vive nas profundezas do mar.

De acordo com Mark Benfield, pesquisador e responsável por realizar as imagens na região do Golfo do México com um veículo operado remotamente, as imagens ajudaram a dar mais detalhes sobre esta espécie no estudo publicado no início de junho no “Journal of Fish Biology”. Foi a primeira vez que o animal foi perfeitamente visualizado.

O regaleco é um dos maiores peixes do mundo. Segundo Benfield, essa espécie pode atingir entre 8 metros e até 17 metros de comprimento e vive em águas temperadas e tropicais, a uma profundidade de até 3 mil metros. Alguns pesquisadores gostam de se referir a este animal como serpente marinha.

Essa espécie de peixe pode medir até 17 metros de comprimento, afirma pesquisador (Foto: Mark Benfield/Louisiana State University)

Fonte: G1 Natureza

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Área no Litoral do Piauí apresenta baixo impacto ao peixe-boi marinho

Pesquisa está sendo realizada no estuário dos rios Timonha e Ubatuba.
Já há informações que população da espécie é maior que antigamente.

Mamífero aquático é uma espécie considerada em extinção no Brasil pelo Ibama (Foto: Chico Rasta)

Uma pesquisa realizada na região que vai de Cajueiro da Praia, cidade localizada no Litoral do Piauí, até Chaval, no Ceará, aponta que a área é apresentada como baixo impacto ambiental ao peixe-boi marinho, mamífero aquático ameaçado de extinção no Brasil. De acordo com a bióloga Katherine Fiedler Choi-Lima, informações levantadas junto às comunidades levam a crer que a o número de peixes-boi avistados no estuário é maior do que antigamente.

 O estuário dos rios Timonha e Ubatuba, na divisa dos estados do Piauí e Ceará, abriga uma população de peixes-boi marinhos ainda pouco estudada. O uso do sonar de varredura lateral (sidescan) de alta definição, que possui GPS acoplado, permitirá determinar as áreas de ocorrência de peixes-boi marinhos e possivelmente o número de animais que habitam o estuário, respondendo às questões sobre estimativa de abundância, densidade e área de vida.

“Nós estamos realizando os estudos para estimar a população de peixes-boi do estuário (através de metodologias de sonar, bioacústica e visualizações diretas) e também estamos estudando a ecologia alimentar da espécie na região (o que ele come)”, explicou a bióloga.

Pesquisadores estão atrás de informações sobre a população da espécie na região (Foto: Chico Rasta)

Os resultados da pesquisa, que teve início em agosto do ano passado terá a duração de dois anos e meio, subsidiarão a elaboração do plano de manejo do Refúgio de Vida Silvestre do Peixe-boi Marinho (RVS Peixeboi Marinho) que se encontra em processo de criação na região e do Plano de Manejo da APA Delta do Parnaíba, além de ajudarem na identificação de áreas de Proteção Integral dentro da APA.

Segundo Katherine Fiedler, os estudos sobre a estimativa populacional do peixe-boi marinho no Brasil são antigos e escassos. As informações que serão coletadas no litoral do Piauí serão as primeiras sobre a população da espécie nessa região.

“Para a região que estamos estudando, não há nenhuma informação publicada sobre a estimativa populacional da espécie”, disse Katherine.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renovavéis (Ibama), o peixe-boi é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção, com uma estimativa populacional de menos de 500 indivíduos ao longo do litoral norte e nordeste. O levantamento aponta que a espécie já desapareceu dos estados do Espírito Santo, Bahia e Sergipe e é classificada como ‘criticamente em perigo’ de extinção.

A pesquisa está sendo desenvolvida pela Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) Apa Delta do Parnaíba/ICMBio, Comissão Ilha Ativa (CIA) e CARE, patrocinado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Rufford Small Grants e Idea Wild.

O projeto também conta com o apoio das instituições Instituto Mamirauá, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Universidade Federal do Ceará e pesquisadores especialistas como Renata Sousa Lima e Leonardo Wedekin.

Fonte: G1 Piauí

Exposição em Mônaco permite tocar em tubarões vivos


Visitante toca em tubarão durante pré-estréia de exposição em Mônaco (Foto: Valery Hache/AFP)

Uma exposição no Museu Oceanográfico de Mônaco dedicada aos tubarões permite que o público toque em espécimes vivos, informa a agência de notícias AFP. Chamada de "Requins" ("Tubarões", em francês), a exibição começou neste sábado (8), considerado o Dia Mundial dos Oceanos. A data foi estabelecida durante a Rio 92.

O objetivo da mostra é "reabilitar" a imagem dos tubarões no imaginário das pessoas, informar mais sobre estes animais e mostrar quais são os tipos existentes.

"Nosso ponto de partida é a ideia do tubarão sedento de sangue. Nossa missão é explicar que a realidade é diferente", disse o diretor do museu, Robert Calcagno, em entrevista à edição francesa do jornal Metronews. A exposição vai durar dois anos, de acordo com o diretor do museu.


Garota olha para mandíbula de tubarão durante visita à exibição (Foto: Valery Hache/AFP)


Tubarão-mako capturado nos arredores do litoral de Mônaco em 2000 é exibido no Museu Oceanográfico (Foto: Valery Hache/AFP)


Tubarão exibido no Museu Oceanográfico de Mônaco (Foto: Valery Hache/AFP)

Fonte: G1 Natureza

Oceanos & Sociedade



Neste ano o evento Oceanos & Sociedade 2013 terá como tema os 25 anos do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), buscando discutir os avanços na gestão marinha e costeira no país.

A fim de agregar diferentes opiniões para embasar as discussões, estamos realizando uma consulta prévia com os diversos atores envolvidos e interessados pelos temas que serão abordados no evento:

Marco legal e arranjos institucionais;
Instrumentos de gestão e processo de implementação e avaliação;
O planejamento da ocupação do espaço costeiro e marinho.

Para participar dessa consulta, basta acessar a página do evento e responder às perguntas orientadoras de cada tema - http://www.oceanosesociedade.io.usp.br/index.php/manifeste-se.

As diversas contribuições serão reunidas e enviadas aos participantes de cada Painel (veja aqui - http://www.oceanosesociedade.io.usp.br/index.php/programacao), que irão conduzir as discussões considerando as criticas e sugestões enviadas por cada um.

Contamos com sua colaboração.
Manifeste-se!

Maiores informações no site: http://www.oceanosesociedade.io.usp.br/

Fonte: IO/USP